PB perde 236 indústrias em um ano, revela IBGE

Número caiu de 1.679 unidades em 2011 para 1.443 em 2012, segundo o IBGE.

O número de indústrias na Paraíba caiu de 1.679 unidades em 2011 para 1.443 em 2012, uma diminuição de 236 fábricas, o que representa uma queda de 14,06% em um ano, segundo dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA) – Empresa e Produto para o Brasil. O estudo foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, em um período mais longo, entre 2007 e 2012, houve incremento de 20,75% no número de fábricas no Estado, considerando que em 2017 existiam 1.195 unidades no Estado.

Já o número de pessoal ocupado entre 2011 e 2012 teve queda de 1,1% com 76.400 trabalhadores no primeiro ano e 75.559 no ano seguinte. Já de 2007 a 2012, espaço de tempo maior, foi registrado crescimento de 21,68% na quantidade de mão de obra, levando em conta que em 2007 existiam 62.099 empregados.

De acordo com o supervisor de Disseminação de Informações (SDI) do IBGE na Paraíba, Jorge Souza Alves, a retração no número de indústrias no Estado pode estar relacionada à conjuntura da economia nacional e mundial da época.
“De 2011 a 2012 o Brasil cresceu pouco, a alta do PIB foi só de 1% e esta conjuntura está ligada também à economia mundial. Como na Paraíba grande parte das fábricas destina sua produção para o mercado externo, o contexto internacional é refletido localmente”, explicou Jorge Alves.

Ele enfocou, porém, que mesmo com a redução de 14,6% nas indústrias entre 2011 e 2012, houve um importante incremento na soma das riquezas geradas pelas unidades fabris que permaneceram ativas. Isso é demonstrado no Valor de Transformação Industrial (VTI), que cresceu 15% de 2011 a 2012 e de 117,63% entre 2007 a 2012.

RECEITA DO SETOR
No primeiro intervalo de tempo a receita das indústrias passou de R$ 3,653 bilhões para R$ 4,201 bilhões e no espaço maior (2007/2012) o faturamento saiu de R$ 1,930 bilhão para os R$ 4,201 bilhões. “Esse dado é muito positivo e um sinal relevante na atividade industrial do Estado”, afirmou Jorge Alves. Vale lembrar que esses valores são nominais, sem descontar a inflação.