Personalidade deve ser avaliada

Antes de escolher em que aplicar o dinheiro, é preciso saber qual o perfil do investidor e até que ponto ele gosta de arriscar. 

No mercado financeiro, assim como em qualquer mercado da economia real, quanto maior o capital do cliente (comprador) melhores serão as ofertas. De fato, com maiores quantias o investidor terá acesso a melhores produtos e estes por sua vez irão proporcionar um melhor retorno.

No entanto, segundo afirma Eduardo Malheiros, ‘o risco’ – tão comentado entre os economistas – não tem nenhuma relação com o tamanho do investimento. “O risco é uma escolha do investidor, cabe a ele decidir se quer expor seu capital a um mínimo de rentabilidade. Na verdade, quanto maior a sua perspectiva de ganho, maior o risco do seu investimento”, explica.

Partindo deste princípio, Guilherme Baía ressalta que risco não é a chance de perda, mas a possibilidade de um investimento sair diferente do planejado. “Um risco alto é o caso de um cliente que contratou um plano que lhe renderia por expectativa 10% ao ano, mas rendeu 13% ao ano. Um outro produto, lhe renderia por expectativa, 5% ao ano e rendeu 7%. O risco do segundo produto é maior que o do primeiro. A variação foi de 30% no primeiro contra 40% do segundo”, exemplifica.

No entanto não é ao risco que o investidor precisa se ater. Antes disto, é preciso avaliar a ‘suitability’, ou seja, a adequação do investimento ao seu perfil. “Após determinar o que o cliente procura, qual sua renda disponível, quais seus objetivos, temos que incluir o objetivo do investidor no tripé em que cada produto de investimento se situa: risco, retorno e liquidez”, diz.

O ideal, conforme Guilherme, é que quem estabeleça todo este planejamento seja um consultor de finanças pessoais. “É muito comum que as pessoas se consultem com os gerentes de banco que, em geral, têm metas a bater e escolhem primeiro o que é melhor para o banco, depois para o cliente”, comenta.

O assessor de investimentos Rodrigo Guedes, concorda e acrescenta que um profissional de confiança é ideal para definir o perfil do investidor, estabelecer seu objetivo com a aplicação, escolher o produto e o plano de aplicações adequado. “Se informar também é essencial. Na SIR Investimentos, há um ciclo de palestras gratuitas, que aborda renda variável, renda fixa, fundos imobiliários e previdência privada, explicando, sem nenhum custo, como buscar comparativos, além de identificar o perfil do investidor, antes de começar a investir”, finaliza.