Pesquisa mostra que golpes contra clientes de bancos cresceram 165% no primeiro semestre de 2021

Um dos motivos é que o celular já responde por mais da metade das transações bancárias, logo é “mais fácil” burlar os sistemas de segurança dos aplicativos, que os sistemas dos bancos.

Uma pesquisa desenvolvida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostrou que golpes contra clientes de bancos cresceram 165% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2020. Ainda segundo a pesquisa, os golpes que mais aumentaram foram aqueles chamados de “engenharia social”, em que a vítima é manipulada e levada a fazer ações em benefício das pessoas que estão praticando o golpe. 

Um dos motivos do aumento, nesses casos, é que o celular já responde por mais da metade das transações bancárias. Ainda segundo a Febraban, os aplicativos para telefone móvel foram usados em 51% das transações em 2020. Em 2016, o percentual era de 28%. De acordo com a federação, a pandemia aumentou a importância desses aparelhos, que passaram a ser usados por pessoas que antes sequer tinham conta em banco. Logo, por consequência, acontece ao aumento no número de casos de golpes. 

O público que mais sofre com os golpes são as pessoas que têm pouca intimidade com o funcionamento do sistema bancário e com a segurança digital. Normalmente, quem aplica os golpes induzem as vítimas a fazerem depósitos e transferências, o que é mais fácil do que burlar os sistemas de segurança dos aplicativos e sistemas dos bancos.

Como os golpes, normalmente, acontecem:

A Febraban alerta que as pessoas que praticam esse tipo de crime, ligam para as vítimas tentando provocar medo, para que elas ajam por impulso e siga as instruções passadas por eles. Nesses casos, a Febraban, ainda, informa que nenhum banco liga para a população solicitando senhas e números de cartão, pedindo para fazer transferências.

As fraudes com empréstimos e venda de produtos aparecem com condições aparentemente muito vantajosas. As pessoas que praticam esse tipo de golpe induzem o senso de urgência nas vítimas para que façam depósitos sob o pretexto de não perderem a oportunidade das ofertas, logo é preciso sempre manter a calma.