Projetos ajudam alunos a entrar no mercado

Aluno da UFCG irá participar do ‘Google Summer of Code’, projeto desenvolvido pela atual gigante de serviços online.

“Vejo como o primeiro passo para uma carreira profissional sólida”. É assim que o universitário paraibano Uian Sol Gorgônio descreve a sensação de ter sido escolhido para participar do ‘Google Summer of Code’, projeto desenvolvido pela atual gigante de serviços online e produção de eletrônicos.

Ele, que cursa o quinto período de ciência da computação na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), vem tendo a oportunidade de trabalhar com grandes profissionais do setor de tecnologia e se mostra orgulhoso.

“Esta é uma iniciativa anual organizada e financiada pelo Google. Eles selecionam várias fundações e distribuem vagas para cada uma. Estudantes do mundo todo se inscrevem com um projeto para ser desenvolvido durante o programa, uma seleção é feita e cada aluno aprovado tem a chance de trabalhar três meses para desenvolver seu projeto”, explica Gorgônio, que no momento atua com uma mentora da Open Source Robotics Foundation, localizada na Califórnia, construindo uma plataforma utilizada por pesquisadores na área de robótica de diferentes países.

Segundo ele, a experiência é bastante almejada por quem está dando os primeiros passos na profissão, uma vez que além de permitir o aprimoramento da comunicação com pessoas de outros lugares, torna possível montar uma boa rede de relacionamentos. “Isso pode me abrir vagas para entrevistas em grandes empresas. Também sinto como o primeiro retorno de uma grande dedicação aos estudos”, comenta. O chefe do departamento de computação da UFCG, professor Adalberto Cajueiro de Farias, concorda e acrescenta que a participação em iniciativas assim são válidas por acelerar o amadurecimento dos estudantes.

“Os alunos ficam em contato com problemas reais, devem exercitar habilidades de gerência de projetos, em especial tendo que lidar com o trabalho remoto, e também aprendem tecnologias de ponta. Com certeza quem participa deste tipo de atividade entra no mercado de trabalho com muito mais maturidade”, acredita, frisando que hoje em dia existem inúmeros projetos de cooperação entre universidades nacionais e estrangeiras, como cursos e treinamentos, que também contribuem para formar e revelar novos talentos.

Sobre o futuro, ao ser questionado, Gorgônio se diz otimista e lembra que a base proporcionada pela universidade foi primordial para garantir voos maiores. “Tento dar o meu melhor, e o curso fornece condições mais que suficientes para que eu possa me desenvolver a ponto de ingressar em empresas como Google, Facebook ou Microsoft”, ressalta. “Gosto de ensinar e hoje também considero atuar como professor na universidade para ajudar outros alunos a crescerem e conquistar seus sonhos”, finaliza.

PARAÍBA APRESENTA CENÁRIO POSITIVO

A boa imagem dos alunos perante as grandes companhias de tecnologia, conforme Uian Sol Gorgônio, é fruto principalmente do esforço do próprio curso de ciência da computação em divulgar campanhas e atividades para aprimorar os domínios dos graduandos e pós-graduandos. “Tive conhecimento do ‘Google Summer of Code’ na universidade através de uma palestra organizada para divulgar o programa. Meu curso incentiva bastante essas iniciativas. O máximo que poderia acontecer era não ser selecionado, então por que não tentar?”, questiona.

Por outro lado, de acordo com o professor Adalberto Cajueiro de Farias, a audácia e o interesse dos estudantes é o que leva a universidade a buscar cada vez mais espaço para propor tais projetos. “Os alunos de computação da UFCG, por exemplo, vêm participando do ‘Google Summer of Code’ frequentemente faz mais de sete anos. E, com isso, a imagem do curso vem sendo consolidada como um centro de excelência na formação de profissionais qualificados”, conclui.