Segmentação atrai internautas

Redes sociais apostam na criação de espaços exclusivos destinados para públicos específicos, como religiosos e até animais de estimação.

Desde seu surgimento, as redes sociais têm um objetivo comum: servir de palco para democracia virtual, onde todos podem entrar e expor suas ideais sobre assuntos infinitos. Com o passar dos anos, entretanto, este cenário começa a mudar e cada vez mais aparecem espaços exclusivos, destinados para públicos específicos, desde ciclos religiosos até escritores de aventuras sexuais.

A rede social Cristãobook , por exemplo, é a versão cristã do Facebook. A lógica é a mesma da rede social do Zuckerberg: reunir usuários de todo o mundo em torno de assuntos comuns. Fotos, vídeos e mensagens são alguns dos recursos possíveis nesta comunidade.

Entretanto, apesar da interface e usabilidade idênticas ao Facebook, há certas peculiaridades. Para deixar a comunidade mais ‘abençoada’, o idioma do Cristãobook recebe a nomenclatura de ‘Português de Jesus’. ‘Amizade’ é uma palavra pouco usada nesta rede social, que acredita ser mais glorioso chamar os outros usuários de ‘Irmãos em Cristo’. O clássico ‘curtir’, nesta rede, se transformou em ‘amém’, enquanto suas fotografias são chamadas de ‘galardões’, privilégio exclusivo dos usuários.

Há também as redes sociais voltadas para os seres não bípedes. Com o avanço das comunidades virtuais, até cachorros e gatos ganham suas páginas pessoais. Ludovico é jovem, tem apenas 6 meses e vive conectado. O Facebook já nem é mais novidade para o cachorrinho, e sua ‘ghost writer’ (que faz as postagens por Ludovico), Júlia Guedon, ressalta que não deixa de registrar um só momento da vida do Pug. “De dois em dois dias ele marca presença nas redes. Ele é exibido e nós nos divertimos bastante”, contou.

De acordo com Júlia, a vida virtual de Ludovico é mais movimentada que a dela. “Eu vivia postando fotos dele nas minhas redes sociais. Aí percebi que tinha mais coisas dele do que minha, por isso resolvi criar uma conta só para ele. Ele tem muito mais fotos que eu e muitos fãs, as pessoas se empolgam bastante”.

Agora que o bichano está se tornando um ‘rapaz’, está na hora de expandir os horizontes virtuais. “Vamos esperar ele crescer um pouquinho para ver as outras opções. Não descarto a possibilidade de colocá-lo em sites de encontro de casais”, revelou aos risos.

Sucesso no Brasil, as comunidades virtuais Animal Club e MatchPuppy  são espaços ideais para os animais solitários. O melhor é que não existe preconceito quanto aos seus usuários: desde que sejam animais domésticos, qualquer um pode entrar. Papagaio, cachorro, gato e até peixe de aquário são bem vindos na página.