100ª medalha do Brasil é do boxe

Brasil não ganha medalhas na modalidade desde 1968; pugilista baiana quebra um jejum de 44 anos.

Não bastou quebrar um jejum de 44 anos sem medalhas nos ringues e garantir o pódio na estreia das mulheres em Olimpíadas. Adriana Araújo, de 31 anos, conquistou, nesta quarta-feira, a 100ª medalha do Brasil na história dos Jogos.

Um bônus depois de uma derrota controversa diante da vice-campeã mundial, Sofya Ochigava, na semifinal da categoria leve (até 60kg) em Londres.

Depois do bronze, um desabafo contra o presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe), Mauro José da Silva.
“Ele já me humilhou muito. Disse que eu não tinha condição nenhuma de me classificar (aos Jogos Olímpicos). Só para calar a boca dele, me classifiquei e conquistei a medalha”.

É a primeira medalha do Brasil na modalidade desde Cidade do México 1968, há 44 anos, quando Servílio de Oliveira também foi bronze, no peso-mosca.

“Não sabia que era a centésima medalha do Brasil em Olimpíadas. Vai ser muito comemorada. Vai ter festa na Bahia”, conta a pugilista.

YAMAGUSHI NA SEMIFINAL
O pugilista brasileiro Yamaguchi Falcão garantiu, ao menos, mais uma medalha de bronze nas Olimpíadas. Ontem, ele derrotou o cubano Julio la Cruz Peraza, campeão mundial, da categoria até 81kg, por 18 a 15 e alcançou a semifinal.

Na segunda-feira, o irmão mais novo de Yamaguchi, Esquiva Falcão, também alcançou a semifinal da categoria até 76kg, e tem chance de avançar à decisão.