Pelas poucas palavras por telefone no fim da manhã desta terça-feira, o ciclista paraibano Kleber Ramos já tinha consciência do baque que a sua carreira deve sofrer. Tanto que preferiu não comentar muito sobre a punição de quatro anos que recebeu da União Ciclística Internacional (UCI). Ele foi flagrado na Olimpíada do Rio no exame antidoping, que acusou o uso de um estimulante proibido.
Sem querer entrar em tantos detalhes sobre o caso, ele não falou se vai recorrer para poder voltar a competir antes do prazo estabelecido pela UCI. Mas, nos poucos minutos de conversa, o ciclista demonstrou estar sereno. “Estou tranquilo. Não tenho mais o que falar sobre isso. Isso já é passado. Agora não adianta mais falar sobre esse caso”, resumiu Kleber Ramos, de 32 anos.
O teste na época apontou a presença de CERA, uma substância semelhante ao EPO (eritropoietina), que aumenta a quantidade de glóbulos vermelhos no sangue e, consequentemente, melhora a capacidade de oxigenação muscular. Isso provocou também, logo depois, a saída de Kleber Ramos da equipe Funvic, de São José dos Campos, no interior de São Paulo.
