Sousa e Botafogo-PB fazem jogo truncado, mas Dino abusa de vacilos, e Belo vence no Marizão

Marcos Aurélio perde pênalti, mas marca no rebote e dá vitória ao Belo sobre o Dinossauro

Por Pedro Alves

O segundo jogo do Campeonato Paraibano foi econômico em termos de gols, mas abundante em questão de luta. No bom sentido, claro. Sousa e Botafogo-PB jogaram na tarde desta quinta-feira, no Marizão, em Sousa, e fizeram um jogo pegado, disputado e bem truncado. Tecnicamente, fraco. Foram poucas as boas chances, as jogadas lúcidas e as construções interessantes. Melhor para o Belo, que venceu com gol de Marcos Aurélio. A chuva que caiu no Sertão momentos antes do jogo acabou prejudicando o gramado do estádio, que parecia até interessante para essa estreia. 

Confira os melhores momentos:

De todo modo, houve lances capitais. E, no detalhe, deu Belo. O Dinossauro vacilou muito. Primeiro, com o seu zagueiro Adriano Seixas fazendo um pênalti infantil em Juninho. O meia, que jogou mascarado por conta de uma fratura no nariz da qual ainda se recupera, se inspirou num fantasma (da ópera), apareceu rapidamente na área, conseguiu dar um toque na bola, e recebeu uma falta desnecessária do defensor sousense. Pênalti para o Botafogo-PB.

Até ali, nenhuma das duas equipes conseguiam impor um jogo minimamente decente. O campo do Marizão dificultou o duelo e, mais ainda, a análise deste escriba. De modo que o máximo que dá para aferir é que Botafogo-PB e Sousa se defenderam bem e fecharam os espaços com certa competência. 

Sousa e Botafogo-PB fazem jogo truncado, mas Dino abusa de vacilos, e Belo vence no Marizão
Foto: Jefferson Emmanuel / Sousa

Voltando ao pênalti, coube a Marcos Aurélio cobrar. E mais uma vez, ele desperdiçou. Foi assim contra o Campinense, no Paraibano de 2019. Foi assim contra o Botafogo-SP, nos dois jogos do acesso, em 2018. O meia até havia deixado de ser o batedor oficial, no ano retrasado, por conta do aproveitamento

Em 2021, foi dada mais uma chance. E o meia perdeu mais um. Bateu para defesa do goleiro-ídolo do Sousa, Ricardo. Mas como o futebol é uma bola e, assim como esse Brasil, não gira, capota, o rebote veio na sua perna mais fraca, a esquerda, mas que estava mais calibrada que a boa. De primeira, o camisa 10 botafoguense finalizou de esquerda e abriu o placar, aos três minutos da segunda etapa. 

Não houve coisas lá mais interessantes depois disso, até os 17 minutos. Em um fuzuê na área botafoguense, Marcelo recebeu na área, sentiu o contato de Willian Machado, e se jogou. Tiago Ramos, que aliás fez uma arbitragem bem fraca, caiu na do atacante do Dino e marcou o pênalti. 

Liniker, que havia convertido um pênalti muito bem no amistoso de preparação contra o Nacional de Patos, sentiu o drama de ver Felipe fechando o gol. Bateu no canto direito do goleiro, que foi lá buscar e garantiu a vitória do Botafogo-PB, no Marizão. Pontos que podem ser cruciais no fim da primeira fase. Difícil imaginar que muitos times irão vencer o Sousa lá dentro. A conferir. 

O Belo agora faz o clássico contra o Treze, na próxima quarta-feira, no Almeidão. No dia seguinte, o Sousa encara a Perilima em Campina Grande. Antes disso, para fechar a primeira rodada, o Nacional de Patos recebe a Perilima neste sábado, às 16h. Campinense e São Paulo Crystal fecham a rodada, no domingo, às 16h, no Estádio Carneirão.