Opinião: boa fase no Atlético-MG é passaporte para volta de Hulk à Seleção Brasileira

“De volta ao futebol brasileiro e vivendo uma boa fase no Atlético-MG, será que Hulk não teria espaço no time da camisa verde-amarela?”

Por Raniery Soares

“E Hulk?” Aposto que facilmente este questionamento foi feito na semana passada, enquanto o técnico Tite anunciava os nomes dos jogadores convocados para três desafios pelas Eliminatórias da Copa 2022. De volta ao futebol brasileiro e vivendo uma boa fase no Atlético-MG, será que Hulk não teria espaço no time da camisa verde-amarela?

Hulk Atlético-MG
(Foto: Pedro Souza / Atlético)

Sem querer depreciar outros jogadores que atuaram no exterior e depois voltaram ao futebol brasileiro, Hulk fez um caminho diferente. Ao invés do retorno sinalizar o fim da sua carreira, o atacante paraibano completou esta semana 40 jogos com a camisa do Atlético-MG. São 18 gols, 11 assistências e uma média de 87 minutos em campo.

No discurso do técnico Tite há uma clara contradição, quando ele resolve falar sobre ‘meritocracia’, palavra tão em alta nos últimos anos, para justificar os nomes escolhidos pela comissão técnica brasileira.

De que mérito ele está falando, afinal? Quero crer que haja alguma relação com o bom momento vivido pelos atletas em campo. Se atacante vive de gols, na atual temporada Hulk tem de sobra, inclusive sendo o artilheiro do Galo mineiro em 2021.

Seria o fato de Hulk não ser mais uma estrela internacional, coisa que um dia já foi? Acredito que não. Existem jogadores brasileiros convocados, inclusive Guilherme Arana, parceiro do atacante paraibano no Atlético-MG. Então, volto para a pergunta que move este artigo: e Hulk?

Antes que pareça uma defesa da paraibanidade, o estado já está representado pelo brilhante Matheus Cunha. O que estou falando é sobre futebol, ou melhor, o bom futebol que Hulk tem proporcionado nesta nova passagem pelo Brasil.

Não estou falando de nenhum desconhecido. Falo de alguém que vestiu a camisa da seleção em um ciclo que durou sete anos com Copa do Mundo, Copa América, Copa das Confederações e amistosos.

Que Tite está observando o jogador, isso é fato! Mas, o fato de não o convocar coloca em dúvida a efetividade do seu discurso enquanto técnico, cheio das palavras difíceis como “jogador terminal”, “externo desequilibrante” e por aí vai.

De que tipo de futebol estamos falando?