Marcelinho Paraíba critica falta de ofensividade dos laterais da Seleção Brasileira no Catar

Atual técnico do Serra Branca relembrou Roberto Carlos e Cafu, defensores campeões da Copa do Mundo de 2002 e que atuavam apoiando mais o ataque.

Foto: Cassiano Cavalcanti/Treze

O paraibano Marcelinho Paraíba foi atleta de destaque por muitos anos e, inclusive, defendeu a Seleção Brasileira, mas não chegou a disputar uma Copa do Mundo. O ex-meia, que vive o início de sua carreira como técnico, é um dos mais de 210 milhões de torcedores acompanhando o Brasil no Mundial no Catar. E, como tal, deu seus palpites sobre o atual grupo comandado por Tite, não poupando críticas à forma de jogar dos laterais brasileiros e relembrando Cafu e Roberto Carlos como referências históricas da posição.

O paraibano Marcelinho acumulou vasta experiência no futebol brasileiro, tendo passado por grandes clubes, como Flamengo, Grêmio e São Paulo. Tem currículo também no exterior, onde se tornou ídolo do Hertha Berlin, da Alemanha. Viveu seu auge como meia nos ciclos da Seleção de 2002 e de 2006, participou das Eliminatórias, mas não foi convocado na lista final de Felipão. Aposentado dos campos desde 2020, tendo o Treze como seu último clube, hoje ele está no início da carreira como técnico de futebol.

Marcelinho Paraíba critica falta de ofensividade dos laterais da Seleção Brasileira no Catar
Marcelinho Paraíba comemorou seu primeiro título como treinador | Foto: Cassiano Cavalcanti / Serra Branca

Atual campeão da 2ª divisão do Campeonato Paraibano, à frente do Serra Branca, Marcelinho Paraíba está de olho na Copa do Mundo no Catar. E ele avalia que os laterais da Seleção Brasileira jogam muito defensivamente e que esse é um dos pontos fracos do time treinado por Tite. Ele, inclusive, relembrou os icônicos Cafu e Roberto Carlos, campeões mundiais em 2002.

“Um ponto fraco é que nossos laterais defendem bem, mas não atacam tanto, principalmente pelos fundos. Não chegam à linha de fundo para cruzar. São laterais preocupados apenas com o setor defensivo. Nossa Seleção sempre teve laterais que apoiavam bastante, como Cafu e Roberto Carlos. Eles apoiavam tanto por fora, como por dentro. Isso eu não vejo nos nossos laterais de hoje”, analisou Marcelinho Paraíba.

“Mas isso também faz parte da característica do Tite”, emendou.

Marcelinho Paraíba critica falta de ofensividade dos laterais da Seleção Brasileira no Catar
Roberto Carlos e Cafu estão no Catar, acompanhando o Mundial | Foto: acervo pessoal / Cafu

Tite levou ao Catar os laterais-direitos Danilo e Daniel Alves e os laterais-esquerdos Alex Sandro e Alex Telles. A convocação de Daniel Alves, inclusive, foi muito criticada, pois o atleta já não vinha tendo um bom desempenho em seu atual clube, o Pumas, do México. Na vitória da última segunda-feira, por 1 a 0, diante da Suíça, a forma defensiva como jogam as laterais ficou ainda mais acentuada pela escalação do zagueiro Éder Militão, no lugar de Danilo, que está contundido.
Em contrapartida às críticas às laterais do Brasil, Marcelinho listou a juventude e a qualidade técnica dos atletas como trunfos da Seleção Brasileira.

“Vejo nossa Seleção com um poder ofensivo muito forte, uma qualidade técnica diferenciada das outras seleções, com jogadores jovens, o que tem sido primordial. Apesar de serem jovens, são protagonistas em seus clubes, e a Seleção Brasileira, com certeza, tem esse ponto forte para superar as demais seleções”, finalizou o ex-jogador.

A Seleção Brasileira já está classificada para as oitavas de final da Copa do Mundo, mas ainda jogará pela primeira fase na próxima sexta-feira, contra Camarões, às 16h. A tendência é que Danilo siga fora, pois a lesão no tornozelo persiste; portanto, resta saber se Tite optará pela entrada de Daniel Alves ou se improvisará Militão mais uma vez.