Nada feito

Treze é o único que não retira a ação da justiça comum e diz que vai brigar até o fim por vaga na série C. CBF volta a ameaçar o clube.

Após a reunião definitiva realizada ontem no STJD, o Treze decidiu manter a ação na Justiça Comum e continuar brigando por uma vaga na Série C. Araguaína-TO e Rio Branco-AC aceitaram retirar seus processos e o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, escolhido para mediar as tratativas, avisou que dará início nesta semana aos procedimentos para desfiliar o Galo.

Além da suspensão, o STJD também disse que o Treze pode ser multado em R$ 100 mil, de acordo com o CBJD.

Schmitt, contudo, não dá previsão oficial de início das Séries C e D do Brasileiro. Esta decisão deve ser tomada hoje na CBF. A possibilidade mais provável é que seja iniciada a Série D, pois o Treze, se não conseguir garantir a vaga na C, não disputará nenhuma competição, e também o grupo da Série C que não inclui os clubes envolvidos no imbróglio judicial.

O diretor de competições da CBF, Virgílio Elíseo, que participou do encontro, preferiu o silêncio, alegando se tratar de um tema jurídico e pedindo que os jornalistas presentes procurassem o diretor jurídico da entidade, Carlos Eugênio Lopes. Schmitt, contudo, esclareceu que, enquanto o Treze-PB estiver protegido por liminar judicial, não poderá sofrer sanções da CBF, mas que a entidade fará uso provavelmente das penas mais pesadas previstas no seu estatuto, o que pode significar até mesmo a desfiliação, tão logo consiga reverter esse quadro.

Schmitt deu a entender ainda que as instituições que se sentirem prejudicadas com a paralisação das Séries C e D, que deveriam ter começado nos dias 26 e 27 de maio, respectivamente, devem responsabilizar o Treze.

“É o único clube impedindo o início das competições na via judicial. Quem quiser cobrar essa responsabilidade, que cobre do Treze. Não teremos mais nenhum outro tipo de reunião ou conversa com nenhum clube. Daremos imunidade para os clubes que se comprometeram em retirar as ações”.

O vice-jurídico do Brasil, Adriano Soares, afirma que não é intenção do clube interromper as competições.

“Se a CBF resolver iniciar a Série D, a posição do Brasil é de disputar a competição e seguir com a ação na Justiça em busca de ressarcimento por perdas e danos”.