Paraibano quer mais incentivo para o NE

Paraibano comemora título na Superliga de Vôlei pelo Cruzeiro. O time venceu o Vôlei Futuro por 3 sets a 1 na manhã deste domingo (22).

O primeiro título da história do Cruzeiro no vôlei coroa também a trajetória de sucesso de um paraibano. Aos 28 anos, Daniel Andrade Costa Gramignoli foi titular em poucos jogos, mas nem por isso deixou de comemorar o seu segundo título nacional – ele já havia erguido a taça da Superliga na temporada 2004/05, jogando pelo Banespa. “Aqui no Cruzeiro todos fazem parte de uma família, todo mundo se ajuda. Por isso, o grupo todo se sente campeão, faz parte desta conquista”, disse o jogador, por telefone, ainda festejando a vitória por 3 sets a 1 sobre o Vôlei Futuro, na manhã deste domingo, em São Bernardo do Campo.

Feliz em Belo Horizonte, onde tem a companhia da irmã, Mari Paraíba, que joga no Minas, Daniel faz planos de continuar muito tempo jogando pelo Cruzeiro. Segundo ele, já existe a conversa para a renovação de seu contrato por parte da diretoria. Mas nem por isso ele esquece as raízes. O sonho do levantador é um dia jogar a Superliga por um time nordestino. “Seria emociontante. O torcedor com certeza lotaria os ginásios. Acho que falta mais investimento no vôlei nordestino. Se houver um projeto, uma estrutura para viagens, é possível formar um time competitivo no Nordeste. Isso já aconteceu na Superliga feminina”, lembra Daniel, se referindo à participação do Sport Recife.

Além de Daniel, outros dois jogadores do elenco do Cruzeiro também são nordestinos – o ponta Maurício é alagoano e o meio-de-rede Douglas Cordeiro é pernambucano. Para Daniel, isso comprova a força do vôlei regional.

“Se um dia eu tiver a oportunidade de jogar por um time da Paraíba ou mesmo do Nordeste, seria a realização de um sonho.
Vamos ver…”

VIAGEM ADIADA
Ao contrário do que fez em 2005, quando foi campeão pelo Banespa, desta vez Daniel não vai levar a medalha da Superliga para a Paraíba. Pelo menos por enquanto. É que a viagem para Campina Grande foi adiada por um motivo mais do que justo.

“Minha filha nasceu há 20 dias e não dá para viajar com ela agora.

Mas já disse a todo mundo: a Luize é pé-quente. Já nasceu campeã”, brincou o jogador, que vai passar os 30 dias de folga em São Paulo e só deve vir à Paraíba no final do ano.

Quando for a Campina Grande, Daniel espera reencontrar mais uma vez o técnico Ricardo Silveira, que o lançou no vôlei profissional. “Sempre que posso vou aos treinos dele lá na AABB.

É para incentivar a garotada. Sinto que eles me veem como um espelho e sentem muito orgulho de um paraibano jogando vôlei de alto nível. Procuro retribuir esse carinho”, encerrou o campeão da Superliga.