Prefeito de Macapá é levado pela PF para prestar depoimento, diz assessor

Roberto Góes (PDT) é um dos investigados na operação Mãos Limpas. Agentes da PF cercaram casa de Góes, segundo assessoria do prefeito.

Da redação
Com G1

O prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT), foi levado pela Polícia Federal a prestar depoimento nesta segunda-feira (25) na superintendência do órgão no Amapá. Agentes da PF cercaram a casa de Góes pela manhã e o levaram para depor, segundo a assessoria do prefeito. Góes é um dos investigados pela PF na Operação Mãos Limpas, que investiga desvios de recursos públicos. Segundo a assessoria do prefeito, ele respondeu a cinco perguntas e foi liberado.

Ao todo, a PF cumpre sete mandados de prisão preventiva, 18 de busca e apreensão e 25 de condução coercitiva, como a que foi utilizada no caso do prefeito. Dos 25 de condução coercita, três ainda não foram cumpridos.

As medidas são resultantes das provas obtidas em depoimentos, análises de documentos e exames periciais dos materiais apreendidos durante os trabalhos da operação Mãos Limpas. Dentre os sete mandados de prisão preventiva, seis são por ocultar, alterar ou destruir provas, e um, por coação e ameaça a testemunha.

A operação decorre de um inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tem como relator o ministro José Otávio Noronha. No dia 10 de setembro foram deslocados 600 policiais federais para cumprir no Amapá e em outros três estados 18 mandados de prisão, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão.

Durante a operação, foram presos o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), e seu antecessor, Waldez Góes (PDT). Ambos já foram soltos. Quando eles foram presos, os advogados do governador e do antecessor dele negaram o envolvimento dos dois com irregularidades.

Segundo a PF, as investigações revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

De acordo com a PF, os envolvidos estão sendo investigados pelas práticas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outros crimes conexos.