Petróleo do Irã pode sofrer embargo

França pediu ontem aos seus parceiros da União Europeia (UE) que sigam o exemplo dos Estados Unidos.

A França pediu ontem aos seus parceiros da União Europeia (UE) que sigam o exemplo dos Estados Unidos, impondo ainda neste mês um embargo ao petróleo iraniano e o congelamento dos bens do banco central do país. A medida foi sugerida como punição ao país por conta de seu programa nuclear.

O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, disse que seus colegas europeus deveriam aproveitar a reunião do bloco, no dia 30 de janeiro, para endurecer as sanções ao Irã, conforme o presidente francês, Nicolas Sarkozy, propôs no final de novembro. "A França quer sanções mais duras, e o presidente fez duas propostas concretas nessa frente – sendo a primeira a de congelar os bens do banco central iraniano, uma medida dura, e a segunda um embargo às exportações iranianas de petróleo", declarou Juppé.

O Irã pediu à chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, que apresente uma proposta de data e lugar para o reinício das negociações nucleares entre Teerã e as grandes potências, interrompidas há um ano.

Segundo Juppé, os EUA estão preparando a adoção de novas sanções contra o Irã. "Queremos que os europeus deem um passo similar até 30 de janeiro, para demonstrar nossa determinação", afirmou o chanceler francês.

O presidente dos EUA, Barack Obama, aprovou no último sábado novas sanções unilaterais ao Irã.

As tensões com o Ocidente aumentaram depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) publicou um relatório indicando que o Irã trabalha na elaboração de armamento nuclear. As acusações foram rejeitadas por Teerã.

PRESENÇA DOS EUA
O comandante das Forças Armadas iraniana, o general Ataollah Salehi, pediu ontem aos Estados Unidos que não enviem novamente um porta-aviões ao Golfo, informou a agência oficial Irna.