Brasil quer intensificar apoio para a reconstrução do Haiti

Depois de visitar Cuba por dois dias, a presidenta Dilma Rousseff desembarcou ontem em Porto Príncipe, no Haiti, com a determinação de intensificar a cooperação brasileira.

Depois de visitar Cuba por dois dias, a presidenta Dilma Rousseff desembarcou ontem em Porto Príncipe, no Haiti, com a determinação de intensificar a cooperação brasileira nas áreas de saúde – em parceria com os cubanos –, agricultura, capacitação profissional e apoio à construção da usina hidrelétrica no Rio Artibonite, no Sul do país, a 60 quilômetros da capital haitiana. Informações da Agência Brasil.

Depois de concluída, a Hidrelétrica Artibonite 4C deve se transformar no símbolo do principal apoio brasileiro ao desenvolvimento do Haiti. Com potência instalada de 32 megawatts, a hidrelétrica deve gerar energia suficiente para atender a 230 mil famílias.

Para o governo do presidente Michel Martelly, a Hidrelétrica Artibonite 4C é tratada como um marco na economia do país devido aos benefícios no plano ambiental. A pedido do governo haitiano, em maio de 2008 o Exército Brasileiro, por meio do Instituto Militar de Engenharia, elaborou o projeto básico para a hidrelétrica. Esse estudo técnico, estimado em US$ 2,5 milhões, foi doado pelo Brasil ao Haiti.

De acordo com assessores da Dilma, a visita ao Haiti é emblemática, pois ocorre no momento em que o país tenta vencer as dificuldades de reconstrução causadas pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010, quando morreram mais de 220 mil pessoas, e o agravamento da epidemia de cólera.

Com menos de um ano no cargo, Martelly vive momento político delicado, pois não tem o apoio da maioria no Parlamento e tenta se consolidar por meio do anúncio de ações isoladas. Ao mesmo tempo, o histórico político do Haiti de instabilidade e tensões cria um ambiente de apreensão, segundo observadores brasileiros.