Gari morre em queda

Coleta de lixo era realizada em uma camionhonete e trabalhador não usava equipamentos de segurança; Ministério do Trabalho investiga acidente.

O Ministério do Trabalho na região de Patos investiga a morte de um gari, falecido em um acidente envolvendo um caminhão de coleta de lixo, ocorrido na cidade de Princesa Isabel, no Sertão paraibano. A suspeita é de que a vítima não usava nenhum equipamento de proteção e estava em cima da carroceria de uma caminhoneta, quando perdeu o equilíbrio e caiu.

A Prefeitura Municipal de Princesa Isabel informou que a responsabilidade da coleta de lixo na cidade é realizada por uma empresa terceirizada. O gari José Hildo dos Santos Dias, de 52 anos, sofreu traumatismo craniano e morreu na noite de segunda-feira.

O acidente ocorreu quando o veículo transitava na rodovia estadual PB-306, próximo a um motel, no acesso de Princesa Isabel, que fica na saída para o Estado de Pernambuco. Por volta das 17h, o caminhão Chevrolet, modelo F4000 realizava a coleta de lixo naquela região, quando aconteceu o acidente.

Segundo a Polícia Civil de Princesa Isabel, a vítima estava na carroceria do veículo junto com seu genro, que também é gari. De acordo com o escrivão Luciano Gonçalves, a caminhoneta estava em baixa velocidade no momento da queda. O gari teria se desequilibrado e caído, batendo a cabeça no chão. O genro não sofreu nenhuma lesão.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a informação foi encaminhada para a chefia do setor de Saúde e Segurança do Trabalhador de João Pessoa. A auditora Ana Mércia Vieira Fernandes, substituta do núcleo que irá investigar o caso, informou à reportagem do JORNAL DA PARAÍBA que uma equipe já foi enviada para analisar a situação.

A responsabilidade do acidente deve recair sobre a utilização ou não de equipamentos de proteção para o servidor público que faleceu. Mas o contrato entre a prefeitura de Pincesa Isabel e a empresa terceirizada será analisado. “De acordo com o relatório de análise do acidente, punições poderão ser tomadas em relação à forma de transporte dos funcionários ou à falta de equipamentos de proteção”, informou a auditora Ana Mércia.