Obama diz que EUA podem intervir na Síria

Presidente americano afirmou que postura será mudada caso haja utilização de armas químicas ou biológicas no conflito.

O presidente americano, Barack Obama, disse que os EUA mudarão sua posição em relação à Síria caso armas químicas ou biológicas sejam utilizadas no conflito entre rebeldes e o ditador Bashar Assad. "Temos deixado muito claro que para nós há algo decisivo [para uma mudança de posição], que é vermos as armas químicas caírem nas mãos de pessoas erradas", disse Obama.

Ele advertiu que os EUA estão monitorando a situação no país cuidadosamente e já têm preparado diversos planos de contingência. "Até agora não ordenamos uma ação militar no país, mas se há algo crítico para nós, é a questão das armas químicas e biológicas", enfatizou o presidente.

Ao ser pressionado pelos jornalistas se o uso de armas químicas no país implicaria automaticamente em uma intervenção militar americana, Obama disse que situação na Síria é "muito volátil" e que não é garantido que os EUA recorrerão às forças militares nesse caso.

"Mas esse é um fator decisivo para nós, e haverá enormes consequências se vermos que as armas químicas sírias estão sendo usadas ou movimentadas", disse. Além disso, o presidente americano lamentou a violência de Bashar Assad contra seu povo e admitiu que uma transição pacífica no país ainda parece distante.

Durante meses, o governo dos EUA pressionou diplomática e economicamente a Síria para a saída de Assad. Recentemente, ele ajudou a oposição no país com suprimentos não letais que custaram US$ 25 milhões aos cofres americanos. Segundo o jornal "The Wall Street Journal", a Síria começou a movimentar parte do seu arsenal de armas químicas, transladando-o para diversas regiões.