Operação Recidiva: MPF investiga contratos de R$ 904 mil entre construtora e prefeitura da Paraíba

Contratos foram firmados entre a construtora Millenium e a prefeitura de São Sebastião de Lagoa de Roça

Operação Recidiva: MPF investiga contratos de R$ 904 mil entre construtora e prefeitura da Paraíba
Inquérito foi instaurados pelo MPF em Campina Grande. Foto: Ascom

A ‘Operação Recidiva’, que apura fraudes em licitações e desvios de recursos públicos no Sertão do Estado, pode ter desdobramentos em outras regiões da Paraíba. É que o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil público para investigar contratos firmados entre a construtora Millenium – um dos alvos da investigação – e a prefeitura de São Sebastião de Lagoa de Roça, no Agreste.
Entre os anos de 2015, 2016 e 2017, a prefeitura pagou mais de R$ 904 mil à construtora para execução de obras em postos de saúde, ginásios de esportes e um Centro de Referência em Assistência Social (CRAS). Os contratos foram firmados na gestão passada.
A construtora Millenium, segundo o MPF, era administrada pelo ex-candidato a prefeito de Patos, Dineudes Possidônio.  De acordo com dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) o empreendimento recebeu mais de R$ 3,7 milhões de prefeituras paraibanas e teria sido usada para fraudar licitações.
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Prefeitura tenta finalizar obras abandonadas
Parte das obras que deveriam ter sido executadas foi abandonada sem conclusão, de acordo com o atual chefe de gabinete da prefeitura de São Sebastião de Lagoa de Roça, Tonny Donato. Em alguns casos, a prefeitura teve que fazer novas licitações para concluir os serviços, mas em outros ainda aguarda uma decisão da Justiça para dar continuidade na execução das obras.
“As obras estavam abandonadas e paralisadas e achamos por bem fazer o levantamento de cada uma delas. Tomamos essa iniciativa até antes da operação do Ministério Público acontecer. Na maioria dos casos o cronograma físico financeiro não batia com a realidade. Foi pago a mais do que executado. O CRAS, por exemplo, nós conseguimos concluir, mas outros serviços a gente precisa ter uma posição da Justiça”, comentou Donato.