Homem mais alto do Brasil, Ninão amputa perna nesta terça-feira (7)

Cirurgia vai ser realizada no Hospital Antônio Targino, em Campina Grande.

Considerado o homem mais alto do Brasil, por medir 2,37 metros, Joelison Fernandes da Silva fará a cirurgia para amputar a perna direita nesta terça-feira (7). A amputação é necessária porque Ninão, como ele é conhecido, tem osteomielite em estado avançado, diagnosticada há cerca de quatro anos.

>Motivos que levam Ninão a amputar perna 

>Por causa de agravamento no quadro de saúde, Ninão antecipou cirurgia

O procedimento será realizado no Hospital Antônio Targino, em Campina Grande, cidade a 100 quilômetros de Assunção, município onde ele mora com a família.

Agora, após quase uma década do início dos sintomas da infecção, o paraibano não consegue andar nem ficar de pé. Para se locomover e realizar as atividades básicas do cotidiano, ele conta com o auxílio de uma cadeira de rodas.

A cirurgia foi antecipada por conta de um agravamento da infecção e será realizada com recursos arrecadados em uma campanha feita na internet.

“Sofri muito essa semana, [senti] muitas dores. Infelizmente é uma decisão difícil, mas com certeza pra melhorar a minha saúde, em nome de Jesus. Estou muito confiante”, disse para os seguidores.

Ninão espera voltar a andar depois da cirurgia depois de enfrentar dificuldades para trabalhar

Pesando mais de 200 quilos, mesmo tendo se acostumado a fazer as atividades diárias com o suporte da cadeira de rodas, ele explicou que “a maior dificuldade agora é a locomoção por dentro da casa”.

Desde o início do diagnóstico, muitos cuidados são necessários. O curativo na perna precisa ser feito todos os dias. Para isso, ele conta com o auxílio de uma equipe da rede municipal de saúde do município ou com a mãe.

Depois, a pretensão do paraibano é usar uma prótese “para realizar o sonho de voltar a andar”.

Ninão também precisa de medicamentos para conter a infecção. Os gastos mensais com remédios são de aproximadamente R$ 500, quase metade da renda da família.

Desde que se locomove em uma cadeira de rodas, ele não consegue trabalhar, e lamenta pelas oportunidades perdidas. Antes da infecção, ele costumava fazer comerciais e era convidado para participar de eventos pelo país inteiro.

Atualmente, o paraibano mora com a esposa. A renda do casal corresponde a um salário mínimo, da aposentadoria que ele recebe desde 2012, e de alguns trabalhos de decoração que a companheira dele faz. As doações dos amigos também têm auxiliado.