Uma televisão ‘recheada’ com 24 celulares, seis carregadores, 23 baterias e seis fones de ouvido foi apreendida no domingo (28), no presídio Romero Nóbrega, na cidade Patos, Sertão paraibano. Os materiais estavam escondidos em várias partes dentro do aparelho que havia sido levado para um conserto. O preso responsável pela televisão confessou que a ideia partiu dele e a mulher que levou o aparelho foi autuada em flagrante.
De acordo com a direção do presídio, a televisão tinha sido levada para um conserto a pedido do presidiário. Na volta, os agentes penitenciários fizeram uma revista e ficaram surpresos ao encontrarem os objetos dentro.
Segundo o diretor adjunto do presídio, José Erivaldo Queiros, o preso responsável pela televisão foi identificado como Laércio do Nascimento Bezerra, 28 anos, que estava na cela 21 do presídio. “Quando questionamos ele sobre os objetos o apenado contou que foi uma ideia dele e que o objetivo era revender os celulares dentro do presídio, pois estaria precisando de dinheiro. Agora ele está no regime isolado e cela 21 ficará sem televisão”, disse.
Um ano sem visita
A mulher que levou a televisão para o conserto foi autuada em flagrante através de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e ficará um ano ou mais sem direito a realizar visitas no presídio. A suspeita é irmã de um preso que estava na mesma cela que Laércio do Nascimento Bezerra. A empresa que teria feito o conserto não tem nenhuma relação com o crime, segundo a direção. “Nós sempre exigimos a nota fiscal quando há consertos. Eles provocaram um problema na TV para mandar para a empresa e o serviço foi feito, mas os objetos foram colocados depois do aparelho já ter sido entregue. A empresa não tem nenhuma relação com o caso”, destacou o diretor adjuntos.
Direção permite entrada de TV
Ainda conforme o diretor adjunto, a entrada de televisores é permitida no presídio Romero Nóbrega. A decisão aconteceu desde a última Copa do Mundo, mediante autorização da vara de execuções penais, para que os presidiários pudessem assistir os jogos. “Alguns presídios permitem isso, mas precisam de autorização judicial. Aqui nós permitimos na Copa do Mundo e devido o bom comportamento deixamos. Cada cela tem direito a ter uma TV, mas, a partir de agora a cela 21 ficará sem devido esta ocorrência”, explicou o José Erivaldo.
