Mais de 4 mil servidores cruzam os braços em CG a partir desta quinta

Agentes de saúde, magistério, vigilantes e agentes de limpeza urbana paralisam as atividades. Categorias não reivindicam o aumento salarial, mas o cumprimento de leis.

Da Redação

Os serviços municipais de Campina Grande vão ficar deficitários a partir da próxima quinta-feira (31), com a onda de greve que vai se instalar na cidade. Os agentes de saúde são os primeiros a cruzar os braços, caso a prefeitura não ajuste os repasses de mais de R$ 14.700. No total mais de 4 mil funcionários vão parar as atividades.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), Napoleão Maracajá, afirma que as categorias não estão reivindicando o aumento salarial, mas o cumprimento das leis já estabelecidas.

A categorias que vão entrar em greve são: agentes de saúde, magistério, vigilantes e agentes de limpeza urbana. Pelo calendário os agentes paralisam nesta quinta-feira (31), os agentes de limpeza no dia 20 de janeiro e Magistério e vigilantes no dia 1 de fevereiro.

Os agentes de saúde decidiram em assembleia, no dia 9 de dezembro, que se até a próxima quarta-feira (30), a prefeitura não apresentar uma proposta para ajustar os repasses a categoria inicia a greve. Segundo Napoleão Maracajá a prefeitura não está repassando cerca de R$ 14.700 a categoria.

Cerca de 600 agentes de limpeza urbana vão paralisar as atividades no dia 20 de janeiro, caso a prefeitura não conceda as gratificações à categoria. Segundo o presidente do Sintab alguns agentes recebem a gratificação e outros não, a categoria quer que o benefício seja concedido a todos.

Caso a prefeitura não se pronuncie até o dia 31 de janeiro, o magistério e os vigilantes também vão aderir a paralisação no dia 1 de fevereiro. No magistério são mais de 2 mil profissionais que reivindicam progressão horizontal, já que com a aprovação da tabela de plano de cargo houve uma redução salarial.

Os merendeiros, secretários e auxiliares de serviços gerais também vão entrar em greve caso a prefeitura não conceda gratificações.

Por último são os vigilantes, cerca de 600 profissionais, que entram em greve no dia 1 de fevereiro. Ele reivindicam o recebimento da gratificação e também do benefício Risco de Vida a todos da categoria.

Prefeitura

Em relação ao indicativo de greve dos agentes de saúde, a Prefeitura de Campina Grande informou, através da gerente de atenção básica, Joelma Lira, que a paralisação não tem fundamento. “ Nós já atendemos todas as reivindicações dos agentes. Já pagamos o 13º antes da data, solicitamos a compra de protetor solar e já estamos com os novos fardamentos”, disse a gerente.

Joelma Lira afirmou ainda que mesmo o Ministério da Saúde atrasando o repasse, os agentes não estão sendo prejudicados. “ O recurso federal está atrasando mais de 20 dias, mas o pagamento aos agentes não está sendo prejudicado. A prefeitura está pagando em dia o benefício”, afirmou Joelma.

Ainda segundo a gerente, a Prefeitura não recebeu nenhum comunicado sobre o indicativo de greve. Sobre a greve dos outros setores a assessoria da Prefeitura disse que até o momento não foi informada sobre nenhum indicativo de greve.