Greve deixa Grande JP sem coleta de lixo a partir desta segunda

População de três municípios da região metropolitana enfrenta realidade desagradável com greve dos agentes de limpeza urbana. Sindicato e empresas negociam reajuste salarial.

Karoline Zilah

A população de três municípios da região metropolitana de João Pessoa (a Capital, Bayeux e Cabedelo) enfrenta, a partir desta segunda-feira (15) uma realidade desagradável: a greve dos agentes de limpeza, fruto de um impasse salarial entre a categoria e as empresas terceirizadas pela Prefeitura para prestar os serviços.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes de Limpeza, Ulisses Alberto, as empresas LimpFort, Marquise e Líder ofereceram menos de 0,3% de aumento, enquanto os profissionais reivindicam reajuste de 5%, mais vale-alimentação e cestas básicas.

Em nota divulgada neste fim de semana, as empresas de limpeza urbana afirmaram por meio de suas assessorias que foram pegas de surpresa pela deflagração da greve. De acordo com elas, haveria abertura para as negociações. Já os funcionários dizem que não houve avanços.

As contradições aumentam quando as empresas declaram que apresentaram uma proposta de aumento de 10% em relação ao piso salarial, contra uma inflação de 1,5% registrada no período. Em relação ao vale alimentação, as empresas teriam proposto reajuste de 20%. Segundo as empresas, atualmente a remuneração mensal de um gari alcança em média R$ 830 com bonificações inclusas.

A Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (Emlur), por meio do diretor operacional Orlando Soares, comentou que o assunto não diz respeito ao órgão, e sim ao sindicato e aos empresários, que devem entrar em consenso. O órgão é responsável por fazer o pagamento para as terceirizadas, que repassam aos agentes. O diretor ainda revelou que espera que esse problema se resolva o mais rápido possível e que a população não seja prejudicada.