TV flagra crianças sendo atendidas nos corredores do Arlinda Marques

Mais uma vez os flagrantes do caos na saúde pública na Paraíba são destaques. Imagens foram gravadas no sábado (30) e mostram problemas no hospital infantil.

Inaê Teles
Com TV Cabo Branco

Mais uma vez os flagrantes do caos na saúde pública na Paraíba são destaques nos noticiários locais. As imagens divulgadas nesta terça-feira (3) foram gravadas no Hospital Infantil Arlinda Marques em João Pessoa. Na segunda-feira (2) a TV Cabo Branco divulgou cenas da superlotação no Hospital de Emergência e Trauma Humberto Lucena. Veja ao lado as imagens no Hospital Arlinda Marques

As imagens foram gravadas no sábado (30) e mostram várias crianças nos corredores do hospital. Algumas chegam a tomar soro no colo das mães. Durante o flagrante alguns pais relataram que estavam há 15 horas esperando atendimento para os filhos.

Por nota, a diretora geral do Hospital Infantil Arlinda Marques, Ana Márcia Fernandes, disse ser esperado o aumento da demanda por conta das complicações respiratórias e viroses que ocorrem durante o período chuvoso. Ainda segundo Ana Márcia, no hospital não existem macas nos corredores e as crianças estão sendo devidamente atendidas.

Outro fator apontando pela direção para o aumento no número de pacientes foi a falta de médicos nos outros hospitais. Por dia são realizados mais de 400 atendimentos no Arlinda Marques que hoje conta com quatro médicos na urgência e sete médicos nos ambulatórios.

Flagrante no Trauma

Na segunda, a TV Cabo Branco divulgou imagens gravadas no Hospital de Emergência e Trauma em João Pessoa. Elas mostram pacientes deitados em macas pelos corredores, sangue no chão e banejas de comida ao lado de latas de lixo. Segundo o presidente Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed-PB), Tarcísio Campos, o risco de infecção hospitalar no Trauma é altíssimo. A assessoria do Trauma informou que apesar da situação, os pacientes estavam recebendo todos os cuidados necessários.

Nesta terça-feira os representantes do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) entregaram uma lista, relatando os problemas encontrados na saúde pública do estado, ao vice-presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, Leôncio Teixeira.  Ele  recebeu o documento e disse que só poderia intervir na situação   após receber uma provocação oficial.