Karoline Zilah
A Associação dos Moradores e Amigos do Bairro dos Estados (Amabe), em João Pessoa, informou que vai encaminhar um ofício à Secretaria de Segurança Pública e ao comando geral da Polícia Militar solicitando mais policiamento na região. Na terça-feira (5), a casa da família do procurador da República Guilherme Ferraz foi invadida por assaltantes pela segunda vez em menos de um ano.
Apesar da ocorrência ser grave, o presidente da associação, Luiz Brilhante, informou que este caso não foi isolado. Segundo ele, nas últimos dois dias foram registradas quatro invasões em residências no bairro, o que reforça a necessidade de encaminhar o pedido de providências aos órgãos oficiais. A associação também atende aos pleitos dos moradores do Pedro Gondim, bairro vizinho.
“Nos últimos meses, estamos notando que a insegurança vem complicando a vida dos moradores. Apesar do bairro ser tranquilo, os assaltos nas ruas, como roubos de celulares, veículos e bicicletas, já são corriqueiros na nossa rotina. Porém a insegurança nos preocupou mais ainda quando passamos a receber essas ‘visitas indesejadas’ de criminosos dentro de nossas casas”, reclamou Brilhante.
O pedido de reforço no policiamento das ruas do Bairro dos Estados e do Pedro Gondim também está sendo apoiado por proprietários de clínicas médicas e comerciantes do mercado. “Pode ser a volta da cavalaria da Polícia Militar, da patrulha escolhar ou mesmo a presença mais efetiva da Rotam. O fato é que estamos sentindo falta de infraestrutura policial”, sugeriu o líder comunitário.
Segundo ele, o bairro dispõe da 3ª Delegacia Distrital na avenida Epitácio Pessoa e de um posto de polícia militar na feira livre, mas este último só funciona nos dias de maior movimentação no mercado. “Muitas vezes, tem uma equipe no posto policial, mas ela acaba sendo relocada para outro bairro e deixa a gente desprotegido”, criticou.
A associação registrou nesta semana um roubo dentro de um edifício residencial. “Desligaram a cerca elétrica, levantaram o portão, entraram no estacionamento do prédio e levaram o som do carro de um morador. Isso tudo aconteceu na avenida Alagoas, na madrugada da terça-feira”, revelou Luiz Brilhante.
Apesar dos casos de roubos e assaltos na região, muitos moradores não procuram a Polícia Militar ou Civil para registrar oficialmente as ocorrências. “Nós orientamos, mas eles procuram a associação para intermediar esse diálogo”, comentou o presidente da Amabe.
