Estudante explica o Helenismo, religião que contempla os deuses gregos

Aos 16 anos, o jovem se tornou helenista e começou a fazer parte de uma religião que cultua deuses da Grécia e que não tem mais que 60 adeptos na Paraíba.

Desde criança, o estudante Thiago Lima Oliveira, 21 anos, é fascinado pela história grega. Costumava contemplar desenhos, ler mitologias e acabou encontrando pessoas que também se identificavam com os gregos. Aos 16 anos, o jovem se tornou helenista e começou a fazer parte de uma religião que cultua deuses da Grécia e que não tem mais que 60 adeptos na Paraíba.

“O helenismo busca contemplar os deuses da mitologia grega e a liturgia da religião é semelhante à praticada pelos católicos. Ela começa pela purificação e com hinos que homenageiam os deuses”, detalha o jovem.

Os helenistas não têm templos físicos. As celebrações ocorrem, geralmente, em locais públicos abertos e são compostas por atividades culturais e esportivas. As comemorações são feitas de acordo com o calendário grego. Aniversários de deuses, como Apolo e Artemes, são motivo de festa entre os helenistas. “Não há templos fixos, porque a gente concebe que todo lugar é religioso por natureza”, explica o estudante.

Apesar dos gregos terem feito parte da história mais remota da humanidade, o culto a eles ainda é pouco propagado. De acordo com Thiago, no mundo, estima-se que existam 100 mil praticantes do helenismo. Enquanto que no Brasil, esse número não passa de 500. Dois anos atrás, quando ocorreu um encontro de helenistas no Parque Arruda Câmara, em João Pessoa, apenas dez participantes estiveram presentes.

“A principal diferença do helenismo é que nos ensina a ver a beleza nas coisas da vida. Um atraso de ônibus, por exemplo, pode ser um problema para outras pessoas, mas para nós, tem um significado. Procuramos o equilíbrio, a serenidade, a simplicidade e assim, tentamos entender o mundo e nos tornar pessoas melhores”, completa o estudante.