Estoque do banco de sangue do Hospital de Trauma está baixo

É o que aponta Flawber Cruz, diretor administrativo da unidade de saúde.

A situação do banco de sangue do Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes de Campina Grande é grave. Pelo menos é o que aponta Flawber Cruz, diretor administrativo da unidade de saúde. Segundo ele, em média apenas 39% das bolsas de sangue usadas nos atendimentos são repostas e essa situação ainda é pior quando se refere ao tipo A negativo (A-) que corresponde apenas a 8% da população, além de ser considerado o sangue doador universal.

Segundo dados da administração do Trauma, ao longo de todo o mês de janeiro foram consumidas 754 bolsas, sendo que somente 240 retornaram ao banco. “O índice de sangue que é reposto é muito baixo. O que nós pedimos é que os familiares dos pacientes que precisam de sangue consigam um doador por cada bolsa que será utilizada. Só que nem sempre isso acontece e nós não vamos negar o atendimento. Precisamos de um maior número de doadores no Hemocentro que destinem a coleta para o banco do Trauma”, explicou Flawber.

Se a média de reposição no mês passado atingiu apenas 31% do que foi utilizado nos atendimentos do hospital, a possibilidade desse número se repetir ou ser ainda pior em fevereiro é grande.

Como nesse mês, principalmente pelo aumento dos procedimentos médicos durante o período de Carnaval, o diretor reforçou o apelo à população, já que o veículo de coleta do Hemocentro não pode se dirigir toda semana para o hospital devido às outras localidades também necessitarem do serviço.

“Isso passa também por uma questão operacional, pois sabemos que a coleta itinerante não pode ser exclusiva do Trauma. Por isso contamos com os familiares dos pacientes para que eles possam cumprir com essa orientação, mesmo não sendo uma obrigatoriedade. O banco de sangue do Hemocentro tem conseguido atender a toda a demanda das unidades, mas no caso do Trauma há uma necessidade maior de reposição por conta do grande número de atendimentos que fazemos. Por isso precisamos de mais doadores para repor o nosso estoque”, acrescentou Flawber.