Subnotificação torna difícil o policiamento ostensivo da PRF

Conforme o inspetor Walter Mota, o policiamento nas rodovias federais é feito de acordo com a demanda e necessidades apresentadas por cada região.

A subnotificação relacionada a roubo de cargas, além de comprometer a elaboração de estatísticas relacionadas ao crime, prejudica o planejamento de um policiamento ostensivo a ser realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Conforme o inspetor Walter Mota, o policiamento nas rodovias federais é feito de acordo com a demanda e necessidades apresentadas por cada região.

“Os motoristas procuram geralmente a Polícia Civil, sendo a PRF muito pouco acionada e por isso nós não temos como combater o crime. É importante que o motorista passe em um posto da PRF e informe o local em que foi assaltado ou teve sua carga roubada até para que nós possamos atuar de forma mais ostensiva no local”, destacou Walter Mota.

O inspetor ainda revelou que alguns casos de roubo de carga são na verdade golpes aplicados em seguros. “O que ocorre também é que motoristas, usando de má-fé, já que as cargas são seguradas, acabam vendendo parte da carga ou toda ela a atravessadores e depois fazem o registro para dizer que a carga foi roubada”, destacou o inspetor.

Com o procedimento realizado, o motorista recebe o valor do seguro, aplicando um golpe e segundo o inspetor Walter Mota, talvez por este motivo os condutores não recorram à PRF. “A Polícia Rodoviária Federal é a polícia que vai atuar ali no local, que está muito próxima e poderá chegar mais rapidamente ao local e verificar os culpados”, concluiu Walter Mota.