A secretária de Desenvolvimento Humano e professora da Universidade Federal da Paraíba, Cida Ramos, disse que existem diversas ações governamentais que buscam reduzir a desnutrição e mortalidade infantil no Estado. No entanto, ela destacou que as políticas ainda não zeraram as ocorrências de óbitos porque existe “um descompasso entre política social e desenvolvimento do país”.
“Na Paraíba, ainda há índices muito perversos. Existem 613 mil pessoas que vivem em situação de pobreza extrema. A maioria desses cidadãos, ou seja, de 60% a 70%, são crianças e adolescentes com idades abaixo de 17 anos. É um número alto que exige uma ação do governo”, afirma.
Na opinião da gestora, apesar de existirem ações governamentais, muitas dessas pessoas não são beneficiadas por causa da desinformação. “Não adianta apenas existir a política pública. É preciso que a população saiba da existência dessa ação”, destaca.
Para a secretária, a falta de informação prejudica dos dois lados.
Além de impedir que as pessoas busquem o serviço público, a ausência de dados concretos leva a política pública a ser mal direcionada. “A Paraíba ainda tem muitos casos de subnotificação, o que impede que a política pública seja melhor aplicada. Mesmo assim, acredito que houve avanços nos últimos anos, quando começou a ocorrer a distribuição de renda através de programas sociais”, declarou.
