Suposta arma que matou policial é achada enterrada

Rifle de uso restrito foi encontrado com um adolescente de 17 anos; Polícia acredita que a arma foi utilizada para matar um sargento.

A arma que pode ter vitimado o sargento da Polícia Militar Jefferson de Lucena foi apreendida na noite da última segunda-feira, em posse de um adolescente de 17 anos, no bairro do Mutirão. O rifle 44, que é de calibre restrito, estava enterrado no quintal da casa do jovem.

O tenente-coronel Souza-Neto, comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, informou que a arma foi utilizada pelos bandidos na troca de tiros com a polícia e pode ser, inclusive, a que disparou contra o policial, o ferindo fatalmente. “Não há dúvidas de que esta arma foi usada pelos homens que investiram contra os policiais e não há dúvidas da participação do adolescente apreendido na morte do sargento Jefferson”, destacou.

Ele ressaltou que o adolescente recebeu ordens diretas dos líderes da gangue do Mutirão para esconder a arma, enterrando o equipamento, com duas munições não deflagradas, na tentativa dela não ser descoberta pela polícia, fato que torna ainda mais evidente a utilização da arma para matar o PM. “Eles tentaram esconder as evidências, mas não conseguiram”, frisou.

Os policiais militares chegaram ao adolescente após denúncias recebidas pelo serviço de inteligência da polícia dando conta de que ele estaria escondendo a arma no quintal de casa. A equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) averiguou o local e encontrou o rifle. A arma foi entregue à Polícia Civil e será periciada pelo Instituto de Polícia Científica (IPC). Após a comparação do material balístico do rifle com o que foi encontrado no corpo do sargento será possível confirmar se saíram ou não desta arma os tiros fatais contra o policial.

Souza Neto chama a atenção para a importância da população colaborar com o trabalho da polícia. “Através da denúncia chegamos a este acusado e poderemos chegar aos outros comparsas dele se as pessoas ajudarem a polícia, denunciando.

O anonimato do denunciante é garantido pela polícia”, assegurou o comandante. O adolescente foi apresentado à Polícia Civil, para prestar depoimento. (Tatiana Brandão)