Bombeiros: 165 casos de salvamento na orla

Dados do Corpo de Bombeiros mostra que de janeiro a dezembro de 2012,  foram registradas 165 ocorrências de salvamento nas praias paraibanas.

Janeiro é mês de férias e, logo em seguida, comemora-se o Carnaval, período ideal para se refrescar em açudes, rios e, principalmente, nas praias, devido as altas temperaturas registradas no verão. Por outro lado, aumentam os riscos de acidentes aquáticos, como os afogamentos. De acordo com os dados repassados pelo comandante do Batalhão de Busca e Salvamento (BBS) do Corpo de Bombeiros Militar, major Erick Oliveira, de janeiro a dezembro do ano passado, foram registradas 165 ocorrências de salvamento nas praias do Litoral paraibano, com destaque para a praia de Gramame, localizada na divisa de João Pessoa com o município do Conde, no Litoral Sul.

Do total de chamados de salvamento que o BBS recebeu em 2012, em apenas dez deles as vítimas já estavam afogadas. Nos 155, a interferência dos Bombeiros salva-vidas evitou que as vítimas chegassem ao grau de afogamento.

O major Erick Oliveira afirmou que mais da metade das ocorrências foram apenas na praia de Gramame, registrando o maior número de incidência. Neste ano, os guarda-vidas do BBS já receberam 25 chamados de salvamentos, sendo 20 deles apenas na praia de Gramame. No entanto, major Erick ressaltou que “todo manancial, por si só, é local de risco”. “Em todas as praias os banhistas devem tomar cuidado para não se afogar”, destacou.

Segundo major Erick Oliveira, a estatística nacional aponta que 60% dos casos de afogamento são motivados pelo consumo de bebida alcoólica. “Assim como em outras circunstâncias, o álcool contribui para a ocorrência de acidentes, e na água não é diferente. Essa é uma combinação que tem tudo para dar errado, portanto, as pessoas devem evitar entrar no mar após consumir bebidas alcoólicas”, alertou.

Major Erick atentou para alguns cuidados que devem ser tomados, principalmente com as crianças. “Os pais devem ter atenção total com as crianças, pois o banho das mesmas deve ser supervisionado por um adulto, mesmo que estejam em local raso e com boias, ou qualquer outro material flutuante, pois qualquer descuido pode representar riscos”, observou ao acrescentar que sempre que os pais localizarem algum bombeiro, podem solicitar as pulseiras disponibilizadas pela corporação para as crianças, onde há um campo de preenchimento com os dados dos responsável, caso a criança se perca dos pais.

A bancária Adriana Brito, 32 anos, está de férias do trabalho, assim como a filha de cinco anos, que está da escola. Com os dias de folga, elas aproveitam para ir à praia, mas Adriana segue à risca as orientações do comandante do BBS. “Mesmo que eu venha à praia na companhia de familiares e amigos, não deixo de maneira nenhuma que minha filha tome banho sozinha, nem com outras amiguinhas. Sempre fica um responsável por perto, pois morro de medo que aconteça algo de ruim com ela. Estou sempre atenta”, afirmou.

Para os adultos, major Erick Oliveira também fez alertas. “Quem sofre de alguma doença epilética, assim como pessoas com dificuldades de locomoção, a exemplo dos idosos, devem evitar entrar no mar sozinho, devido a vulnerabilidade pré-existente, pois podem se desequilibrar e ocorrer o afogamento. Outro ponto que deve ser ressaltado é em relação as brincadeiras de mergulho, que, mesmo em praias tranquilas, só devem ser feitas quando há conhecimento da área e da profundidade”, frisou.