Motoristas de ônibus de Campina Grande decidem pela greve

Categoria não entra em acordo com empresários do setor. Eles querem 11% de aumento.

Sem chegar a um acordo com os empresários que atuam no sistema de transporte coletivo de Campina Grande, os motoristas de ônibus da cidade decidiram entrar em greve a partir da quarta-feira (23). A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (22) durante a segunda rodada de negociação entre as partes, realizada na Delegacia Regional do Trabalho (DRT).

A categoria reivindica um reajuste salarial de 11%, mas os empresários argumentam que não tem condições de oferecer um reajuste superior a 7,2%, percentual que segundo eles dá aos motoristas um ganho real de 1% sobre a inflação.

Como não houve acordo, o presidente do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Campina Grande, Antonino Macedo, informou que a partir de meia-noite os cerca de 600 motoristas que atuam na cidade vão cruzar os braços e manter os ônibus dentro das garagens.

“Vamos parar tudo. Se durante a greve houver alguma decisão judicial determinando a manutenção do efetivo mínimo, nós vamos estudar as medidas a serem adotadas”, afirmou.

O empresário Alberto Pereira, que integra a diretoria do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sitrans) e conduziu as negociações com a categoria, classificou a greve como precipitada e disse que os empresários não têm condições de arcar com os 11% reivindicados. “Eles estavam peidndo 12%, quando a inflação do período foi de 6%. Oferecemos 7,2% e mesmo assim eles pediram 11%, percentual que as empresas não têm condição de arcar pois também há outras cláusulas econômicas sendo reivindicadas”, explicou.

(atualizada às 19h58)