Disque 132 é número de ajuda contra drogas

Entre as pessoas que acionaram o programa este ano, 129 eram homens e 35, mulheres.  Eles pediram informações sobre locais de tratamento contra drogas, na Paraíba.

Pelo menos 164 paraibanos, entre usuários de drogas e familiares, procuraram ajuda por meio do disque nacional 132 entre janeiro e julho deste ano. O canal é do Serviço de Orientações e Informações sobre Drogas, existe há uma década e há 3 anos passou a atender 24h por dia com o objetivo de ajudar pessoas que enfrentam problemas relacionados ao uso de cocaína, maconha, álcool, tabaco, entre outras substâncias. Nos últimos 3 anos, o serviço recebeu 1.742 ligações da Paraíba e mais de 140 mil de todo o país.

Entre as pessoas que contataram o programa este ano, 129 eram homens e 35, mulheres. As faixas etárias dos que procuraram o programa também foram diferenciadas: 15 pessoas de até 11 anos de idade; 14 entre 12 e 17 anos; 28 entre 18 e 24 anos; 43 entre 25 e 34 anos; e 64 acima dos 35 anos. Ainda conforme dados enviados pela diretoria nacional do programa, 27 pessoas não quiseram se identificar; nove eram parentes, um deles era pai do usuário; 15 eram mães; seis, amigos; e 105 foram os próprios usuários de drogas.

Apesar do número relativamente significativo de ligações de pessoas buscando ajuda, entre 2012 e este ano percebeu-se um decréscimo na procura ao serviço. Enquanto este ano foram 164 ligações nos primeiros 7 meses, no ano passado foram 331 em todo o ano. No ano anterior, foram 546 e em 2012, foram 701.

De acordo com a supervisora nacional do serviço, Bárbara Diniz, cada ligação efetuada acaba recebendo atendimento com relação a diversos casos. Segundo levantamento do órgão, das ligações recebidas este ano, 70 pediram aconselhamento com relação a problemas de envolvimento com álcool; 76 com cocaína; 57 com maconha e 72, tabaco. “Cada caso é uma demanda específica, mas é sempre importante acolher informando locais de tratamento. Ainda oferecemos um serviço no próprio Ligue 132 de apoio e orientação com o objetivo de parar o uso da substância”, relatou.

A supervisora lembrou também que muitas pessoas que buscam orientações no serviço não consideram algumas substâncias como uma droga – como é o caso do álcool e do tabaco – o que ajuda no aumento do consumo. “Primeiramente, a informação precisa ser passada de uma maneira clara e explicar que álcool, por exemplo, é sim uma droga, porém lícita para maiores de 18 anos. Eles não consideram álcool como droga, mas na verdade o uso é tão ou mais grave quanto às demais substâncias. E isso é um problema para a pessoa, que pode não perceber o quanto o uso pode prejudicá-lo”, comentou.

Ela detalhou, ainda, que, além da orientação de quais locais procurar para realizar tratamento, por telefone, o usuário poderá receber um acompanhamento personalizado, podendo retornar a ligação outras vezes. O objetivo, conforme a supervisora, é ajudar na interrupção do uso daquela substância. “O apoio personalizado possibilita uma atenção específica para cada caso. O usuário, se sentindo motivado, terá mais chances de mudar seu comportamento. E não basta interromper o uso, mas continuar em abstinência, lembrando que as recaídas fazem parte do processo de recuperação”, destacou.