Justiça prorroga prisão de paraibano e de outros suspeitos de terrorismo

Grupo foi preso na Operação Hashtag em julho. Antônio Andrade e os outros estão presos em Campo Grande.

A Justiça Federal em Curitiba prorrogou nesta sexta-feira (18) a prisão de 12 investigados na Operação Hashtag por atos preparatórios de terrorismo no Brasil. O prazo da prisão preventiva se encerraria no domingo (21). Entre os presos está o paraibano Antônio Andrade dos Santos Júnior , também conhecido como Ahmed Al-Falluji.

Perícia feita pela Polícia Federal confirmou que os suspeitos “defendiam os ideais difundidos pelo grupo extremista Estado Islâmico”, segundo a decisão do juiz Marcos Josegrei da Silva.

Com a prorrogação, a PF terá mais 30 dias para terminar a análise de 27 HDs, 14 celulares, tablets e cerca de 4 mil páginas de relatórios sobre a atividade dos investigados nas redes sociais.

Os suspeitos estão estão presos na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. As investigações da Operação Hashtag começaram em abril com o acompanhamento de redes sociais pela Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal. Os suspeitos presos participavam de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia e, segundo as investigações, planejavam adquirir armamentos para cometer crimes no Brasil e no exterior.

Não é terrorista

Em entrevista exclusiva ao JORNAL DA PARAÍBA, a mulher de Antônio Andrade, Vanessa Schuh, negou que o marido tenha envolvimento com o terrorismo. “Eu espero que ele seja solto o quanto antes. Se Deus quiser todos irão saber a verdade e espero que essa mesma mídia que o acusou depois volte atrás e fale apenas a verdade. Que Allah proteja meu esposo de cometer e de sofrer qualquer injustiça”, disse.