Justiça condena mais cinco acusados de fraudar o INSS na PB

Condenados agiam na cooptação de pessoas interessadas em obter benefícios da Previdência.

 Mais cinco réus do processo no âmbito da Operação Fanes tiveram as sentenças divulgadas pela Justiça na Paraíba. A Operação desarticulou um organização criminosa que fraudava benefícios previdenciários e empréstimos consignados. Os crimes eram comandados por André Soares da Cunha, servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) lotado na Agência da Previdência Social (APS) Dinamérica, em Campina Grande. A sentença foi publicada na sexta-feira (2) e divulgada nesta segunda-feira (5).

 As servidoras Maria do Socorro Duarte de Souza e Maria Dulce Maciel Higino foram condenadas, cada uma, a sete anos de reclusão e 72 dias-multa pela prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informação e organização criminosa. Já os acusados Jandeilda Duarte de Macedo, Maricélia Silva Araújo e Edivaldo do Nascimento receberam pena de três anos e seis meses de reclusão e 12 dias-multa pelo crime de organização criminosa.
 
De acordo com o Ministério Público Federal, os cinco réus agiam na cooptação de pessoas interessadas em obter benefícios previdenciários através do esquema criminoso. Segundo a acusação, os réus recolhiam documentos pessoais e assinaturas, repassando-os em seguida aos principais membros da organização criminosa para concessão do benefício e formalização de empréstimos consignados irregulares.
 
Multas
As multas impostas na última sentença da Operação Fanes, somadas, atingiram o patamar de R$ 25.531,20. Já o valor mínimo fixado para reparação dos danos causados pelos crimes contra o INSS, em decorrência do pagamento dos benefícios fraudulentos, alcançou R$ 1,4 milhão.
 
As sentenças da Fanes foram prolatadas nos meses de março, junho, julho e agosto de 2016, sendo o último decreto condenatório publicado em 30 de agosto deste ano, menos de um ano depois da deflagração da operação.
 
Relembre o caso
A operação foi deflagrada em setembro de 2015, por uma força-tarefa formada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Campina Grande (PB), Polícia Federal (PF) e Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O inquérito foi instaurado em 29 de maio de 2015, a partir de comunicação da Assessoria de Pesquisas Estratégicas e Gerenciamento de Risco ( APEGR) do INSS.
 
A denúncia contra os 33 réus apresentada à Justiça em 19 de outubro do mesmo ano. A peça acusatória original foi desmembrada em 6 processos, ficando em cada um deles um grupo de réus. Ainda em dezembro de 2015 foi concluída a instrução criminal do primeiro processo e apresentadas as alegações finais pelo MPF.