João Pessoa é a 4ª capital com maior taxa de endividamento do NE

Cerca de 156 mil famílias ou 64% delas tinham algum tipo de dívida no ano passado, afirma estudo. 

João Pessoa foi a quarta capital da região Nordeste com a maior taxa de endividamento em 2016. O ano passado terminou com a maior 156.111 ou 64% das famílias com algum tipo de dívida. Os dados são da sétima edição da Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias Brasileiras, elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP). O estudo avalia os principais aspectos e as dimensões da política de crédito no Brasil entre 2014 e 2016, período em que o País foi exposto a fortes instabilidades políticas e econômicas.

Natal, capital do Rio Grande do Norte, registrou a maior taxa de endividamento entre as famílias da Região Nordeste e a quinta maior do Brasil, com 75% de lares com dívidas em dezembro de 2016. O valor é 18 pontos porcentuais maior que a média nacional, de 57%.

Acima da média

Entre as capitais do Nordeste, apenas Teresina (PI), com 53%, e Salvador (BA), com 51%, estão abaixo da média nacional. Maceió (AL), com 60%; Fortaleza (CE), com 63%; João Pessoa (PB), com 64%; Recife (PE), com 68%; Aracaju (SE), com 64%; São Luis (MA), com 72%; e Natal (RN), com 75%, estão acima da média.

Entre as capitais brasileiras, Fortaleza (CE) apresentou a segunda maior taxa de crescimento na proporção de famílias endividadas entre dezembro de 2015 e dezembro de 2016, com 17,1% de aumento. A capital cearense saltou de 54% das famílias endividadas para 63%, o que representa pouco mais de 70 mil lares.

Montante

Recife também se destaca no ranking nacional, sendo a segunda colocada entre as capitais com maior aumento do valor total das dívidas das famílias nesse período, com crescimento de 20,1%, seguida por Fortaleza, com 19,3% de crescimento.
A Região Nordeste concentra 19% do montante de dívidas, atrás apenas da Região Sudeste, que lidera a categoria, com 43%.

As famílias de Natal e Teresina ocupam a terceira e a quarta colocações, respectivamente, no ranking de taxa de comprometimento da renda com dívidas, ambas com 37,4%, enquanto a média nacional é de 30%.