O número de pessoas que faltam após agendar a emissão do documento de identidade nas Casas da Cidadania da Paraíba "reduziu drasticamente", segundo avaliação do Gerente de Identificação do Instituto de Polícia Científia (IPC) do Estado, Marcos Lacet. A forma de agendamento para emissão do RG foi alterada desde o início do mês.
"As pessoas têm faltado menos e isso é visível", afirmou Lacet. "Praticamente todos que estão realizando o agendamento comparecem às Casas da Cidadania.
Segundo ele, isso se explica pela proximidade da data agendada. Anteriormente, o agendamento era realizado mensalmente; agora, funciona de forma semanal, em todas as segundas-feiras do mês. Os interessados devem agendar o atendimento no portal do Governo do Estado.
Conforme Lacet, são abertas cerca de 1500 vagas todas as segundas, distribuídas ao longo da semana nas Casas da Cidadania. O processo de agendamento é aberto sempre às 8h da manhã. "Esse horário permite que pessoas que não têm acesso à internet erm casa possam agendar um horário na própria Casa da Cidadania", justificou.
Lacet considera que o método de agendamento é o mais "democrático" para atender a população. "Recebemos muitas críticas de pessoas que querem que façamos o atendimento sem agendar; mas nesse caso as pessoas chegariam nas filas de madrugada para esperar horas seguidas, e isso é desumano", avaliou.
Procura é muitas vezes desnecessária
A alta procura pelo serviço tem provocado dificuldades em conseguir marcar uma data, e Lacet afirmou que está ciente do problema. Entretano, ele diz que grande parte das pessoas que preenchem as vagas nem precisariam renovar o RG. "Estão circulando informações de que o RG teria validade de dois anos, e por causa disso muitas pessoas têm marcado a emissão de um novo documento sem necessidade", diz.
Segundo ele, no agendamento do dia 15 de agosto, quando o sistema ainda era aberto mensalmente, 118 mil pessoas acessaram o sistema em um único dia. "Essa demanda é imprevista. O único caso em que o RG tem validade é para viagens no exterior, quando ele não pode ter mais do que dez anos. Fora isso, se ele estiver em bom estado de conservação, não há necessidade de fazer outro documento", explica.
