Entrada líquida de recursos na poupança tem melhor resultado em três anos

Resultado aponta uma mudança de tendência em relação aos dois anos anteriores.

De acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira (5) pelo Banco Central, em 2017 os depósitos na caderneta de poupança superaram as retiradas em R$ 17,12 bilhões. O resultado aponta uma mudança de tendência em relação aos dois anos anteriores, que tiveram saques superiores aos depósitos.

Em 2015, R$ 53,5 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. Em 2017, a poupança voltou a atrair recursos mesmo com a queda de juros. Isso porque o investimento voltou a garantir rendimentos acima da inflação, que teve queda.

Até 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrirem dívidas, em um cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.

No ano passado, os depósitos totalizaram R$ 2,085 trilhões e os saques R$ 2,068 trilhões. Com a entrada líquida de recursos na poupança, ou seja, com os depósitos superando os saques, no final de 2017 o estoque dos valores depositados teve aumento. O volume total aplicado passou de R$ 664,99 bilhões, em 2016, para R$ 724,60 bilhões, em 2017.