Faltando menos de três semanas para o início do São João 2018, as costureiras da cidade de Campina Grande, no Agreste da Paraíba, trabalham em ritmo acelerado para terminar a produção de roupas para quadrilhas juninas. A costureira Edileuza de Almeida, de 56 anos, revela que o trabalho em produção das peças para o período acontece desde o mês de fevereiro. “A produção iniciou logo após o carnaval no mês de fevereiro. São cinco meses de muito trabalho, incluindo o período de julho, que se estende devido os pedidos de outras cidades da região que realizam o festejo junino nessa época”, disse.
Este ano, a costureira está produzindo roupas para oito quadrilhas juninas estilizadas e ressalta que para concluir todos os pedidos em tempo hábil o trabalho desde o início de março acontece em regime de plantão, com hora extra diária para equipe.“Eu trabalho ao lado de outras seis costureiras e a produção desde o dia 12 de março acontece em regime de plantão com hora extra todos os dias para equipe. Também trabalhamos durante o fim de semana e esse esforço acontece para entregar todos os pedidos dentro do prazo”, explicou.
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A produção da costureira é realizada em um ateliê próprio no bairro José Pinheiro na cidade.
Faturamento cresce 50%
Com a produção em alta para o período, a costureira conta que deve aumentar a renda em 50% devido os pedidos. “O lucro aumenta pela metade nessa época e dependendo da produção pode ser maior o resultado do faturamento. O ritmo é puxado, mas é o momento de ganhar um extra e garantir uma boa reserva para família”, ressaltou Edileuza de Almeida.
Edileuza comentou ainda que o segredo para atender todos os pedidos é gostar do que faz. “Existe o fator econômico, mas é preciso gostar do que faz também. Pra gente é gratificante assistir a apresentação das quadrilhas com uma produção nossa. O São João é uma festa linda”, concluiu.
Aluguel de roupas juninas
Gerusa Lima, de 60 anos, também trabalha como costureira na cidade de Campina Grande. Ela ressalta que o período do São João é o melhor do ano em ganho financeiro. Ela não produz para quadrilhas juninas, mas aproveita o período para aumentar a renda com o aluguel das peças juninas produzidas em seu ateliê no bairro Bodocongó. “Eu já produzi para grupos de quadrilhas juninas, mas hoje trabalho apenas com a produção voltada para o aluguel durante o período do São João. São cerca de 30 peças disponíveis para o público e os valores variam de R$30 a R$70 o período de 24 horas. Essa época gera um faturamento acima da média comparado os outros meses do ano e ajuda bastante no orçamento”, disse.
“Muitos pais querem levar os filhos para o Parque do Povo com uma roupa junina para fazer fotos e aproveitar o momento, como o São João acontece apenas uma vez durante todo o ano, nem sempre vale gastar o dinheiro apenas para um momento. Existe também a procura de muitas escolas durante esse período. Foi observando essa situação que comecei a investir na produção de roupas juninas para alugar e tem dado certo”, contou Gerusa Lima.
