Suspeitos de coordenar fuga de presídio são levados para o PB1

Parte do grupo que invadiu PB1 foi encaminhado para o próprio presídio após audiência de custódia.

Walter Paparazzo/G1

Suspeitos de coordenar fuga de presídio são levados para o PB1Parte do grupo suspeito de ajudar na fuga de mais de 90 detentos da Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, o PB1, preso na segunda-feira (10), foi levada para o próprio PB1, na tarde desta quarta-feira (12), em João Pessoa, após uma audiência de custódia.

De acordo com o Núcleo de Audiências de Custódia do Fórum Criminal, todos os cinco homens que passaram pelas sessões nesta quarta-feira (12) foram encaminhados para o PB1. Já uma mulher, que passou por audiência nesta terça-feira (11), foi levada para o Centro de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão, em João Pessoa.

Na segunda-feira, 10 pessoas foram presas enquanto estavam hospedadas em um flat localizado na orla de Manaíra, na capital paraibana. Com o grupo, foram apreendidas seis armas de fogo, entre essas, um fuzil. No entanto, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), quatro mulheres foram liberadas.

Na noite do mesmo dia, uma casa que, segundo a Polícia Militar era usada como ponto de apoio pelo grupo, foi localizada. Dentro da casa, foram apreendidos drogas, uma caminhonete roubada, munições e colete balístico.

Ainda de acordo com a Seap, até as 16h50 desta quarta-feira (12), 45 pessoas que fugiram do PB1 na segunda-feira haviam sido recapturadas.

Ataque e fuga

O ataque criminoso que gerou a fuga em massa de presos do PB1 tinha como objetivo o resgate de um único preso: Romário Gomes Silveira, que foi detido em agosto após participar de um ataque a um carro-forte. Após ele ser resgatado,outros presos pegaram os alicates usados pelo grupo invasor e começaram a quebrar os cadeados das celas.

O secretário Sérgio Fonseca explicou que a ação começou a partir de uma mata nas proximidades do presídio, de onde os criminosos atiraram nas guaritas do PB1 para confundir os policiais e iniciar uma troca de tiros. “Com essa quantidade de armamento, inclusive com a utilização de fuzis ponto 50, eles efetuam vários disparos nos alojamentos dos PMs e agentes. A arma perfura facilmente a parede. Pela munição estar atravessando as paredes, os agentes tiveram que se abrigar. Aí sim, eles conseguem se aproximar e usar os explosivos no portão da frente e da lateral”, disse o secretário. Durante o resgate, fugiram presos de pelo menos 12 celas da ala direita do pavilhão 2 do PB1.