Transposição: Aesa prevê abertura de descarga do açude Poções para Camalaú neste final de semana

Águas da Transposição vão seguir depois para o açude de Boqueirão.

Transposição: Aesa prevê abertura de descarga do açude Poções para Camalaú neste final de semanaNeste final de semana, a descarga do açude Poções, em Monteiro, no Cariri da Paraíba, deverá ser aberta. Com isso, a água seguirá caminho rumo ao açude de Camalaú e, depois, para o açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, dentro do projeto do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco. A revelação foi feita nesta sexta-feira (2) por João Fernandes, presidente da Aesa (Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba).

“A nossa expectativa é que as águas do açude Poções, por meio da descarga, sigam neste final de semana para o açude de Camalaú e, depois, cheguem pelo rio Paraíba, em Boqueirão, garantindo a segurança hídrica da região”, afirmou João Fernandes.

Ele acrescentou que já pediu ao Ministério da Integração Nacional o aumento da vazão das águas do canal da Transposição que chegam, em Monteiro, e seguem pelo rio Paraíba para os demais municípios paraibanos. Fernandes não quis fazer previsão sobre a chegada das águas em Boqueirão.

Problema nas vávulas

Na quarta-feira (31), o Ministério Público da Paraíba e o Ministério Público Federal realizaram uma reunião, no Dnocs para tratar do andamento das obras dos açudes Poções e Camalaú.  Participaram o procurador de Justiça Álvaro Gadelha, integrante do Comitê de Gestão dos Recursos Hídricos do MPPB, e a procuradora da República Janaína de Sousa. A reunião contou ainda com a participação do engenheiro Marcelo Magalhães, dos representantes do Dnocs, Danilo Magalhães e Marcílio de Araújo.

Os representantes do Dnocs também relataram que o açude de Poções já está recebendo as águas da transposição do Rio São Francisco e que está próximo de transbordar e seguir caminho para o açude de Camalaú e, depois, para Boqueirão.

Na reunião, foi informado ainda que as válvulas fornecidas pela empresa construtora não foram compatíveis com o material contratado e que será realizada uma avaliação em relação a preço e qualidade do material. Os membros do MPPB e do MPF cobraram que o Dnocs expeça relatório sobre o ocorrido com as válvulas, destacando as medidas que serão tomadas.

Fiscalização

De acordo com o procurador Álvaro Gadelha, será realizada uma fiscalização pelo Ministérios Públicos do Estado e Federal para verificar a evolução obra, que está na fase final. Ao final, o procurador Álvaro Gadelha ressaltou a importância da parceria entre os Ministérios Públicos para a causa hídrica no Estado.