A Polícia Civil está investigando a morte de seis pessoas que foram assassinadas entre sábado (20) e domingo (21), na cidade de Catolé do Rocha, no Sertão paraibano. Pelo cenário que foi encontrado nos locais dos crimes, a hipótese da investigação é de que tenham sido motivados por vingança, já que as vítimas foram atingidas por vários tiros. Somente neste primeiro semestre de 2020, 30 pessoas foram assassinadas na cidade.
Na manhã do sábado, o entregador de gás Thiago Anízio de Oliveira Soares, 21 anos, foi morto quando estava trabalhando. Ele estava pilotando uma motocicleta, quando dois homens conseguiram interceptá-lo e atirar várias vezes contra a vítima. Ele morreu no local.
No domingo, logo nas primeiras horas da manhã, o servidor público Moizés Pedro de Sousa Filho, 51 anos, foi assassinado enquanto estava na calçada de sua casa.
Na tarde do domingo, três homens foram assassinados em uma mesma casa: Erinaldo Severino, 57 anos; Jonatas Linhares Lima, 18 anos e José da Silva Lima, 48 anos, pai de Jonatas Linhares Lima. Na mesma ação, Tadeu de Sousa Almeida, 36 anos, também foi morto. Ele morava em frente à casa onde aconteceram os três homicídios.
A chacina começou por um homicídio que aconteceu no sábado (20). A vítima seria uma pessoa que, de acordo com a Polícia Militar, provavelmente, não tinha envolvimento com drogas ou tráfico. O suspeito de ter realizado esse homicídio foi morto no domingo de manhã e seria pai biológico do homem assassinado no sábado. “Já confirmou essa questão da guerra de família e de droga”, disse o capitão Leandro Esmeraldo, da Polícia Militar.
Segundo a PM, a princípio, os quatro homens mortos na tarde do domingo são da mesma família. “Cada um sofreu pelo menos 40 disparos, morte violenta”, disse o capitão Leandro.
A Polícia Militar trabalha com um levantamento de que a chacina começou com uma guerra entre facções por causa do tráfico de drogas, quando alguns homens foram liberados da prisão. No domingo, de acordo com a PM, os suspeitos chegaram por uma mata, armados com pistola, e mataram quem era parente do homem morto no sábado.
O delegado da Polícia Civil em Catolé do Rocha, Roberto Barros, informou que os suspeitos fizeram terror na cidade antes das execuções, mas que junto com a Polícia Militar, ainda tenta identificar a verdadeira motivação para os crimes.
