Trauma de Campina Grande registra aumento de 68% em casos de picada de cobra

Pelo menos 219 pessoas foram picadas pelo animal até a primeira quinzena de julho de 2020.

Trauma de Campina Grande registra aumento de 68% em casos de picada de cobra

O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, registrou um aumento de 68% na quantidade de atendimentos a pacientes vítimas de picadas de cobra de janeiro aos primeiros 15 dias de julho, em comparação com o mesmo período de 2019. Conforme o balanço de atendimento de casos de animais peçonhentos, divulgado pela unidade na quinta-feira (16), 219 pacientes envolvidos neste tipo de incidente deram entrada na unidade de janeiro a julho deste ano.

Ainda segundo os dados do Trauma, 130 pessoas vítimas de picadas de cobra foram atendidas em 2019, 89 a menos que este ano. Apesar da alta considerável, o aumento de casos deste tipo de incidente na região de Campina Grande fica ainda mais evidente considerando os números de 2018. À época, 94 pacientes vítimas de picadas de cobra foram atendidos nos primeiros sete meses do ano, 125 a menos que em 2020.

Já a quantidade de incidentes envolvendo picadas de escorpião, atendidos no hospital nos primeiros seis meses de cada ano, se manteve estável entre um período e outro. Foram 1.119 pessoas atendidas após serem picadas pelo inseto no primeiro semestre de 2020, enquanto no mesmo período de 2019, 1.125 pacientes foram ao hospital.

Para o médico Amaury Silva, que atende casos envolvendo animais peçonhentos no Hospital de Trauma de Campina Grande, os incidentes com cobras são comuns na cidade devido à extensa área rural que a rodeia. No entanto, deve-se atentar para a necessidade de atendimento específico em cada caso.

“Para cada caso há uma situação. Atendemos casos leves, moderados ou graves. Em casos leves, são aplicados analgésicos, já em casos moderados e graves geralmente há a necessidade de aplicação de soros antiescorpiônicos e antiofídicos, a depender de cada paciente.”, comentou.

O médico também lembra sore a importância de se registrar em fotografias os animais envolvidos em incidentes com seres humanos. De acordo com ele, a foto do animal pode ajudar a equipe médica no trabalho de identificação do veneno, de forma a indicar qual o soro específico que pode anular o efeito do veneno no organismo humano.

Em João Pessoa

Já no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), que é referência para incidentes envolvendo animais peçonhentos em João Pessoa, foram registrados 35 atendimentos a pacientes vítimas de picadas de cobra e 200 de picadas de escorpião entre os meses de janeiro e julho de 2020.