Patrícia Pillar faz campanha para mulher com tumor raro receber medicação

Caso chamou a atenção da atriz durante as gravações de “Onde nascem os fortes”.

Diagnosticada com uma doença rara desde 2018, um tumor neuroendócrino na coluna lombossacra, a aposentada Josefa de Farias Porto, moradora do município de Cabaceiras, aguarda, mesmo após decisão da Justiça, o fornecimento do único medicamento capaz de aumentar sua sobrevida, chamado de Lutécio. O caso chamou a atenção da atriz Patrícia Pillar durante as gravações da série “Onde nascem os fortes”, que usou as redes sociais para cobrar providências.

Patrícia Pillar divulgou em seu Instagram, nesta segunda-feira (15), uma foto com a filha da idosa, com um pedido ao Ministério da Saúde e ao governador João Azevêdo (Cidadania) para que dona Josefa tenha seu direito assegurado e possa começar o tratamento.

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“A gente fica vendo minha mãe sofrer, sem poder fazer nada. É uma sensação horrível”, disse a filha de dona Josefa, Madalena Porto. Ela, junto a suas outras quatro irmãs e um irmão que moram no mesmo município, revezam os cuidados com os seus pais, já que seu pai também foi vítima de um AVC há três anos e, hoje, é cadeirante. O casal ainda possui outros dois filhos, que moram em São Paulo.

O custo estimado do tratamento é de R$ 60 mil. “É um dinheiro que a gente não tem e, sem esse tratamento, é como se a gente estivesse só esperando a morte dela chegar”, pontuou Madalena. Segundo ela, o tumor da sua mãe não pode ser combatido por meio de rádio ou quimioterapia, devido a outras complicações de saúde que a aposentada já possui e, por isso, foi dado entrada no processo na Justiça para que o poder público fornecesse o tratamento adequado. A demora na Justiça, no entanto, tem debilitado cada vez mais a saúde da paciente.

A doença foi descoberta após a idosa começar a perder sangue através da urina. “A gente pensou que era uma infecção urinária forte, mas depois de fazer uma ultrassonografia e uma tomografia, a urologista encaminhou o caso para um neuro, que fez uma cirurgia de biópsia e acusou o tumor”, conta Madalena. Atualmente, ela é acompanhada a cada três meses por uma oncologista da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), porém a própria oncologista da clínica, Isley Virgínio, afirma em laudo médico que o tratamento com o Lutécio é a melhor opção para o caso “com aumento da sobrevida livre de progressão e sobrevida global comprovados por estudo clínico de fase 3, porém a paciente ainda não conseguiu realizar a medicação, em processo judicial desde 2018”.

Procurada pelo JORNAL DA PARAÍBA, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que, embora a sentença determine que a União informe qual o serviço que realiza o tratamento para que, assim, o Estado possa encaminhar a paciente, a União nunca informou e o processo só chegou a SES no último dia 9. “De toda forma, mesmo sem a resposta da União, a Secretaria está buscando onde o tratamento pode ser realizado para, assim, encaminhar a idosa”, afirmou a assessoria.