Semob estuda reajuste na tarifa de ônibus de JP; definição sai até o fim de janeiro

Órgão foi provocado pelo Sintur no final de 2020. Superintendente fala em uma “tarifa justa”.

Foto: Divulgação/Secom-JP
Semob estuda reajuste na tarifa de ônibus de JP; definição sai até o fim de janeiro
Semob-JP estuda reajuste na tarifa de ônibus e divulgação será até o fim de janeiro. Foto: Divulgação/Secom-JP

Até o final de janeiro, a Superintendência de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob-JP) estará finalizando a análise técnica para definir um novo preço para a passagem de ônibus da capital. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (7) ao JORNAL DA PARAÍBA pelo superintendente do órgão, George Ventura Morais. A proposta do novo valor ainda não foi divulgada.

Segundo George, a Semob-JP recebeu um relatório com dados fornecidos pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros no Município de João Pessoa (Sintur-JP), no final de dezembro de 2020, para que fossem iniciados os estudos de um, segundo ele, eventual reajuste tarifário, levando em consideração o que está previsto no contrato de concessão do transporte público da capital.

“Trata-se da análise referente aos custos das empresas para manutenção da operação e da frota, a exemplo de peças, combustível e pessoal. Busca-se uma tarifa justa que garanta o equilíbrio econômico e financeiro do contrato, permitindo a remuneração e os novos investimentos das empresas de ônibus, bem como um transporte de qualidade para o usuário e a melhoria das linhas existentes”, afirmou.

No ano passado, o Conselho Municipal de Mobilidade Urbana de João Pessoa (CMU) definiu o aumento da passagem de ônibus no dia 24 de janeiro. Na ocasião, o reajuste foi de R$ 0,20, fazendo com que a tarifa para quem utiliza o ‘Passe Legal’ fosse de R$ 3,80 para R$ 4,00. Para quem paga em dinheiro, pulou de R$ 3,95 para R$ 4,15. Os novos valores entraram em vigor a partir dois dias depois.

No segundo turno das Eleições 2020, em entrevista conduzida pelo jornalista Laerte Cerqueira, no JPB2 da TV Cabo Branco, o prefeito Cícero Lucena (à época, candidato) afirmou que uma das suas prioridades seria resolver os problemas da mobilidade urbana, mas adiantou que os avanços no transporte público seriam, principalmente, para melhorar a frota de ônibus.

“Vamos promover ações para interligar bairros, para você dimensionar a frota necessária. Terminando o Terminal do Valentina, fazendo o do Cristo e, com isso, dimensionaremos a frota. Sem prazo, mas de imediato. O ônibus é uma concessão. Wi-fi, por exemplo, você pode pegar uma parceria com a iniciativa privada. Se não tem, talvez seja uma acomodação dos empresários locais”, falou.

Na CBN João Pessoa, durante a sabatina com os candidatos a prefeito de João Pessoa, Cícero garantiu rever o preço da passagem cobrada para usuários do transporte público da capital. “É atribuição do prefeito oferecer um transporte ágil, confortável e com passagem justa”, afirmou na época. Sobre o mesmo assunto, ele disse que a mobilidade urbana da cidade precisa ser “mais justa, mais humana, mais solidária”.

“O cartão é um benefício para o cidadão”

O superintendente da Semob-JP também explicou as mudanças que ocorreram nos Terminais de Integração durante a pandemia, mas destacou que as integrações não foram desativadas e que para os usuários que pagam a passagem em dinheiro, a recomendação é para que eles possam fazer o Cartão Passe Legal. Para George, além da segurança contra roubos, a recomendação das autoridades de saúde é para que as pessoas que dependem do transporte público, optem pela utilização do cartão, que é de uso individual.

“A integração não foi desativada. Em razão da pandemia, a Semob momentaneamente estabeleceu que o período para integração deve ser limitado a 60 minutos, em média, tempo mais do que suficiente para qualquer novo embarque. Tal medida segue as orientações das autoridades sanitárias e visa evitar aglomerações. O terminal é, culturalmente, um ponto de encontro, onde algumas pessoas permanecem por várias horas. A utilização do cartão, inclusive, é estimulada pelas autoridades de saúde, eis que de uso individual e de fácil higienização. Quem paga em dinheiro e quiser fazer a integração dentro do terminal, deve fazer o cartão gratuito e/ou procurar um dos agentes disponíveis nas plataformas, que eles irão resolver”, falou.

George frisou que houve uma ampliação dos postos de venda e recarga do cartão, que segundo ele, atualmente possui 80 locais. Ele também afirmou que, com o retorno às condições normais de saúde, “novos estudos técnicos serão realizados para que o período de integração também seja ampliado”.