Corte de gastos suspende obras

Na avaliação do economista Gil Castello Branco, do site Contas Abertas, a avaliação do Ipea é pertinente. Segundo ele, em anos eleitorais, tradicionalmente, “os gastos costumam ser expandidos e o Congresso fica mais benevolente”. Segundo ele, se em 2011 estivéssemos em ano eleitoral, o Legislativo teria incluído o aumento pretendido pelo Judiciário na Lei Orçamentária.

Para o economista, o ciclo de expansão e contingenciamento do orçamento é ruim por causa da descontinuidade e faz com que obras fiquem paradas. Ao avaliar as taxas de investimento público de 1995 a 2010, o Ipea salienta que houve crescimento dos gastos. No ano de 1995, o valor do investimento público foi de R$ 49,5 bilhões. Já no ano passado, ele atingiu R$ 104,3 bilhões . O governo anunciou que o setor público contingenciou R$ 126,8 bilhões nos 11 meses do ano – 99% da meta de superávit primário do setor público para 2011, que é R$ 127,9 bilhões.