Os prefeitos Aron Martins (Itatuba) e Joana D’Arc Coutinho (Massaranduba), no Agreste paraibano, suspenderam as nomeações de 280 aprovados em concursos públicos promovidos pelas gestões passadas e que tomariam posse este mês. Eles alegam que a maioria das convocações é desnecessária, além de não haver recursos em caixa para efetuar o pagamento dos novos servidores, e revelam, inclusive, que herdaram dívidas salariais.
Em Itatuba, Aron disse que, em dezembro de 2012, o então prefeito, Renato Lacerda, nomeou cerca de 180 servidores que haviam prestado concurso há muito tempo, aumentando o quadro de 284 para quase 500 funcionários, aumentando as receitas e desrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Aron afirmou, ainda, que recebeu uma herança maldita do seu antecessor, pois deixou dois meses de salários atrasados e parte do 13º salário de algumas categorias. “Todos os setores da prefeitura encontram-se praticamente parados. As duas ambulâncias que serviam para transporte das pessoas doentes estão quebradas, maternidade fechada e postos de saúde sem funcionar, por conta das férias coletivas dos enfermeiros e médicos”. Procurado pela Reportagem do JORNAL DA PARAÍBA, o ex-prefeito Renato Lacerda não foi encontrado para comentar as declarações de Aron.
Em Massaranduba, a prefeita Joana D’Arc Coutinho suspendeu cerca de 100 nomeações. “Em uma escola, há 12 professores para pouco alunos. No entanto, o ex-prefeito no final do ano nomeou mais professores para a mesma escola, a fim de causar problemas financeiros para a nossa gestão”, explicou. "A partir da próxima semana, podemos até convocar algumas pessoas para o Programa Saúde da Família, se houver realmente necessidade", frisou. O ex-prefeito Paulo Oliveira não foi encontrado para comentar a denúncia da gestora.
