TRE cancela e suspende 97 mil títulos eleitorais em João Pessoa e Campina

Eleitor que não regularizou título até 4 de maio vai pagar multa e não pode participar de concurso público, contrair empréstimo nem tirar passaporte.     

Após o término do prazo para regularização dos títulos eleitorais, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) divulgou novo levantamento. Mais de 97 mil pessoas tiveram os títulos cancelados e suspensos nos dois maiores colégios eleitorais da Paraíba. Nas cinco zonas do município de João Pessoa, foram registrados 56.333 cancelamentos e 3.930 suspensões, o que representa 12,3% do total de eleitores aptos os quais chegam a 489.089.

Em Campina Grande, a Justiça cancelou nas quatro zonas 33.764 títulos e suspendeu, 3.861, o equivalente a 13,7% dos aptos a votarem hoje: 274.012. Os cancelamentos incluem as pessoas que não votaram nas últimas três eleições, não justificaram nem regularizaram a situação junto à Justiça Eleitoral.

A regularização podia ser feita até 4 de maio. Os eleitores que deixaram de votar e não justificaram a ausência do voto, também deverão pagar uma multa no valor de R$ 3,51 por turno não justificado. O cancelamento do título de eleitor impede que o cidadão tire passaporte, participe de concurso público, assuma cargos públicos, obtenha empréstimo na rede bancária oficial, tire CPF e até mesmo receba salário, no caso de servidores públicos, pessoas que trabalhem em fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza.

Não são incluídos na lista de CPFs cancelados os eleitores considerados facultativos: analfabetos, maiores de 70 anos e os que têm entre 16 e 18 anos. Também não foram cancelados os documentos de pessoas portadoras de deficiência que torne impossível ou extremamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais.

Em relação aos suspensos, a chefe do cartório da 17ª zona eleitoral, em Campina Grande, Sandra Farias Cavalcante, explicou que neste item estão inclusos os condenados pela Justiça e os interditados. A interdição consiste na restrição do exercício de direitos de determinadas pessoas que demonstrem incapacidade poder governar a sua pessoa.