Oposição a Cartaxo quer intervenção do governo do Estado na barreira do Cabo Branco

Proposta foi alvo de trocas de frapas entre adversários e aliados do prefeito na Câmara.

A bancada da oposição ao prefeito Luciano Cartaxo (PSD) na Câmara Municipal de João Pessoa apresentou, na manhã desta quarta-feira (16), um projeto que pede a intervenção do governo do Estado na barreira do Cabo Branco. A proposta foi alvo de troca de farpas entre parlamentares aliados e oposicionistas na Casa.

O líder da oposição, Bruno Farias (PPS), cobrou providências da gestão municipal. "Há cinco anos a cidade espera o cumprimento da promessas de solucionar o problema da falésia, que é um dos cartões postais da nossa capital por ser o ponto mais oriental das américas. Infelizmente a prefeitura por inoperância estamos fazendo esse apelo ao governador Ricardo Coutinho para resolver o problema", afirmou.

Bruno Farias tambem desafiou Cartaxo a apresentar a fonte de custeio da obra da Prefeitura, orçada em R$ 84 milhões. "Se não tem esses recursos garantidos, se o governo do estado apresentar um projeto tecnicamente viável, eu quero ver o que a população vai querer: que a prefeitura diga que vai fazer a obra sem apresentar a fonte de recurso ou que o governo faça com o recurso assegurado", indagou.

Líder da bancada de sustenção do prefeito, Milanez Neto (PTB), disse que esse debate deveria ter sido feito há oito anos. "Queria que ele cobrasse explicações de Ricardo Coutinho quando prefeito aprovou o rezoneamento de todo o Altiplano por decreto, deixando a área desfigurada, e pergunte ao governador quem foi o ambientalista que disse que o local para ser construída a Estação Ciência era em cima da Barreira, desmatando tudo. Infelizmente a prefeitura assumiu um ônus que não era dela e não fez debate político. A oposição agora traz esse debate para tentar que Ricardo faça o que não fez há oito anos atrás", questionou.

A proposta deverá ir para votação apenas amanhã, mas os oposicionistas estão confiantes na aprovação do pedido. "Seria mesquinharia não aprovar um pedido desses", concluiu Bruno Farias.