Prefeitos querem R$ 4 bilhões do governo federal para quitar dívidas

Bancada federal vai intermediar apresentação do pedido a equipe de Temer. 

Sem um aceno positivo do governo federal para resolver a crise financeira das administrações municipais, cerca de 150 prefeitos de cidades paraibanos estiveram reunidos nesta segunda-feira (23), pela quarta vez, com os senadores e deputados federais da Paraíba para cobrar apoio. O encontro aconteceu no Tribunal de Contas do Estado. Uma das proposta seria através da edição de uma Medida Provisória que poderia liberar R$ 4 bilhões em ajuda financeira aos municípios brasileiros.

O coordenador da bancada federal, deputado Wilson Filho (PTB), ficou responsável por entregar uma carta dos prefeitos ao presidente Michel Temer (PMDB) em que reforçam o pedido de recursos para fechar contas básicas, como folha de pessoal. O documento támbém será entregue ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, além dos líderes do governo na Câmara e no Senado. 

“Estão sendo organizadas reuniões em outros estados no dia de hoje. Cada reunião dessa terá o objetivo de unir forças, para a gente chegar junto ao Governo Federal e pleitear e buscar e conseguir essa ajuda financeira, para que os municípios possam conseguir o mais básico objetivo que é pagar em dia, respeitar os funcionários e fazer o mínimo e o básico possível”, comentou. 

Wilson destacou o aumento da responsabilidade dos municípios e a queda dos repasses mês a mês. “As obrigações aumentam, o salário mínimo é maior, o piso do professor é maior, o salário do agente de saúde está prestes a aumentar, o custo para calçar uma rua cresceu e o custo de um médico é maior, mas o repasse só diminui. Sem recurso não tem como manter o município e se diminui o repasse, nem aquilo que estava sendo feito, pode ser feito”, destacou. 

O evento contou ainda com os senadores Cássio Cunha Lima, José Maranhão e Raimundo Lira, além dos deputados federais Efraim Filho, Wellinton Roberto, Benjamim Maranhão, Pedro Cunha Lima, Damião Feliciano, Rômulo Gouveia, Veneziano Vital do Rego e André Amaral e ainda do Secretário Geral da Confederação Nacional dos Municípios, Eduardo Tabosa.