João afirma que contratos com organizações sociais da Educação vão ser encerrados

Entre 2017 e 2019, entidades receberam R$ 46 milhões para gerir área na Paraíba.

João afirma que contratos com organizações sociais da Educação vão ser encerradosAssim como realizou na Saúde, com o propósito de oxigenar o serviço público após os desdobramento da Operação Calvário, o governador da Paraíba, João Azevêdo (sem partido) resolveu encerrar também o contrato do estado com as organizações sociais que atuam na área da Educação. A saída das entidades vai acontecer antes do final de fevereiro.

“No caso da Paraíba [ a atuação das organizações sociais] não funcionou de forma correta. Entre 15 e 20 de fevereiro não teremos mais nenhuma OS atuando na Paraíba”, anunciou João Azevêdo no programa Fala Governador na segunda-feira (14).

O estado mantém contratos para gestão da educação com duas Organizações Sociais: Ecos e InSaúde. Juntas elas receberam, entre 2017 e 2019 o total de R$ 46 milhões. Apenas no ano passado foram pagos R$ 13,86 milhões para que elas atuassem na administração de setores como alimentação e serviço gerais, além da contratação de pessoal como agentes escolar e de apoio, assistente escolar, cuidador de alunos e até eletricistas, motoristas e técnicos de informática.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação (SEE), informou que ainda não há informações de como esse corpo de serviços deve ser substituído. Há possibilidade de contratação de uma empresa ou mesmo de retomada de contratação através de prestadores de serviços. A SES, no entanto, disse que, como será feita a transição, a definição só será divulgada em breve.

Calvário

Além da Saúde, a pasta da Educação também teria sido usada no esquema da Operação Calvário. Conforme a denúncia do Ministério Público da Paraíba, na Educação do estado o esquema criminoso atuou na aquisição de materiais didáticos. O ex-secretário executivo de Turismo Ivan Burity, que foi preso, era o especialista na abertura de caminho para contratação das empresas, mediante contratos fraudulentos e o consequente recebimento de propina.